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Pearl Jam Twenty dá os parabéns ao Grunge e (claro) à banda!

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Pearl Jam Twenty dá os parabéns ao Grunge e (claro) à banda!

by Tiago Leão

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Pearl Jam Twenty é o nome do documentário de Cameron Crowe que celebra os 20 anos de existência dos Pearl Jam. Lançado em 2011, o trabalho leva-nos para a cidade de Seattle dos anos 90, que não só viu nascer a banda, como deu à luz um novo subgénero musical, o Grunge.

Depois de filmes como Singles e Quase Famosos, o realizador já galardoado com um Óscar aceitou o desafio de documentar a história de uma banda de que também ele é assumidamente fã. Ainda assim, o facto de gostar dos Pearl Jam não foi motivo para que o Pearl Jam Twenty enveredasse por um lado demasiado romantizado. Pelo contrário, no documentário é conseguido um equilíbrio surpreendente entre aquilo que foi o percurso dos Pearl Jam e as condições que levaram ao sucesso planetário.

E nem os assuntos mais difíceis escaparam. Pearl Jam Twenty toca vários pontos fulcrais, como o pai de Vedder e as mortes de Andrew Wood a Kurt Cobain. Embora (dizem os críticos) o documentário possa transparecer algum carinho pela banda, este não foi seguramente um motivo que impediu a narrativa de se manter fiel. Algo que certamente agradará aos fãs mais acérrimos da banda.

De resto, importa salientar que o conhecimento musical de quem trabalhou como editor da Rolling Stone foi uma mais-valia, permitindo a Cameron Crowe criar um contexto e visões interessantes tanto sobre os Pearl Jam em si, como sobre a cena grunge de Seattle. Aliás, não é possível passar ao lado o facto do próprio Crowe ter vivido na cidade portuária mais ou menos na mesma altura em que os Pearl Jam se começaram a notar.

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Pearl Jam Twenty: O contexto para o nascimento da banda

Vindo do outro extremo do país, o realizador começa por descrever o grunge como “belo hard rock melódico”, estabelecendo logo à partida um motivo para que o género tenha nascido onde nasceu. Por oposição à Califórnia – onde os jovens costumam passar muito tempo ao sol – em Seattle era normal os adolescentes ocuparem o tempo dentro de casa.

Segundo Crowe, esta diferença culminava em musicalidades diferentes: se num lado tínhamos temas mais descontraídos e de vários géneros musicais, no outro nascia um rock alternativo e mais profundo onde se mostravam outro tipo de emoções.

Repleto de antiguidades e imagens inéditas, Pearl Jam Twenty não conta apenas com Eddie Vedder e os restantes elementos da banda.

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O aniversário de grupo serve de pretexto para explorar um contexto mais amplo, sendo que o documentário conta inclusive com entrevistas de grandes nomes da história do Grunge. Entre eles, destaque para Chris Cornell, um dos responsáveis pelo início de carreira de Eddie Vedder, de quem foi colega nos tempos dos Temple of The Dog.

A promoção (embriagada) de Singles, o Grammy guardado por Stone Gossard na cave ou a polémica atuação anti-Bush são alguns dos temas abordados por Pearl Jam Twenty. A juntar a estes, há também lugar para a tragédia do Roskilde, numa visão terna e triste do acontecimento que ocorreu na edição de 2000 do festival dinamarquês.

Cameron Crowe: um percurso ligado à música e ao cinema

Antes de ser realizador, Cameron Crowe foi jornalista. Apaixonado pela música, o jovem estreou-se na Rolling Stone aos 18 anos, com uma reportagem que resultava do acompanhamento dos The Allman Brother Band durante 3 semanas. Começava então uma carreira da qual fariam parte entrevistas aos grandes nomes do rock, dos Led Zepplin aos Eagles.

   

Com o tempo, a reputação cresceu. Famoso por transpor por palavras aquilo que se passava nos bastidores, Cameron Crowe tornou-se o jornalista dos “assuntos difíceis” da revista, sendo destacado para fazer entrevistas a bandas que normalmente odiavam a Rolling Stone.

Em 1997, a publicação mudou os seus escritórios para Nova Iorque. Ainda jovem, Crowe decidiu não acompanhar a mudança, acabando por desistir do trabalho como jornalista. Nos tempos de se seguiram, voltou ao liceu, inscrevendo-se no Claimont High School. As experiências serviram de inspiração para o livro Fast Times at Ridgemont High:A True Story, lançado em 1981 e adaptado ao cinema em 1982. Do elenco da película fizeram parte atores que, na data ainda não eram muito conhecidos. Nomes como Sean Penn, Nicholas Cage e Forest Whitaker.

O guião do filme foi trabalhado por Crowe e abriu caminho para outros trabalhos, a maioria sobre música e adolescência. Não Digas Nada (cujo titulo original era Say Anything) marcou a estreia como realizador, mas foi com Singles que Crowe conquistou o público.

Na altura, o realizador tentou incluir Smells Like Teen Spirit na trilha sonora, mas desistiu porque os direitos de autor eram demasiado caros. A dar os primeiros passos, os Pearl Jam foram contratados para fazerem de banda fictícia da personagem de Matt Dillon, os Citizen Dick.

Quase famosos (ou Almost Famous) foi a grande consagração. O filme deu a Crowe o Óscar de Melhor Guião Escrito para o Ecrã, depois de 3 anos antes, em 1997, ter sido nomeado para o mesmo prémio com Jerry Maguire.

Desde então, Cameron Crowe expandiu-se para o universo dos documentários. Além de Pearl Jam Twenty, foi responsável por The Union, sobre o álbum de Elton John e Leon Russell com o mesmo nome.

Depois de alguns anos sem lançar nenhum trabalho cinematográfico nem documental, em 2015 Crowe voltou com Aloha, a história de um militar que regressa a casa, com atores como Emma Stone, Rachel McAdams e Bradley Copper; e Roadies, um telefilme que conta com Christina Hendriks e Imogen Poots.

Pearl Jam Twenty

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