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Ugritone: plugins, instrumentos e samples para os fãs de Heavy Metal

Ugritone: plugins, instrumentos e samples para os fãs de Heavy Metal

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A é uma empresa finlandesa que cria e comercializa ferramentas de áudio excepcionais feitas por Ron D. Rock e Toni Kauko, nomeadamente plugins, instrumentos virtuais e ficheiros de qualidade para produtores musicais.

A empresa acredita que as ferramentas de música de qualidade pertencem a todos, por isso a maioria dos seus produtos tem um preço muito acessível. A principal missão é criar novos plugins interessantes que não estavam disponíveis antes, baseando sempre o seu desenvolvimento na história da música.

A Ugritone destaca-se também por ser uma criadora de recursos especialmente dedicados ao género metal, o que no universo dos Plugins VST é uma aposta rara. Eles acreditam firmemente, e nós também, que para entender o futuro da música você deve conhecer a sua história. “Ideias antigas, novos usos” é o slogan desta marca poderosa.

Foi com esse mesmo espírito de descoberta que resolvemos avançar com esta entrevista do Mundo de Músicas com Ron D. Rock, responsável pela Engenharia, Marketing, A&R da Ugritone.

 

 

Quem são os fundadores da Ugritone?

Fundada por Ron D. Rock e Toni Kauko, a é uma empresa muito peculiar. Em parte isso acontece muito devido aos dois sócios que estão por detrás da marca, já que ambos conciliam a sua paixão pela música com outras aptidões que na verdade permitem desenvolver produtos revolucionários e originais.

Ron D. Rock é um finlandês aficionado por áudio que toca música ativamente desde 1997 e começou a trabalhar na engenharia no ano de 2000. Inicialmente dedicou-se a produzir bandas finlandesas locais por volta de 2004, depois aventurou-se na América do Norte em 2006, entretanto fez a faculdade na Irlanda em 2013 e viveu brevemente na Espanha, retornando aos EUA em 2016.

Ele é um multi-instrumentista, compositor, produtor, fã absoluto dos New England Patriots / Boston Red Sox, intelectual, libertário, que acredita que o Rock N’ Roll pode mudar o mundo.

Ron D. Rock

 

Por outro lado, Toni Kauko (responsável pela programação, gráficos e suporte técnico) também é finlandês mas é mais introvertido do que o seu sócio. Desde muito jovem concentrou-se mais em criar coisas do que em socializar com as pessoas, viveu a maior parte da sua juventude no campo, onde não havia muito o que fazer além de construir e inventar. E a música faz parte de sua vida desde a infância.

Ele começou por tocar piano durante alguns anos, depois pegou na bateria, alguns anos depois começou a tocar guitarra. Tudo misturado, Toni Kauko começou a compor e cantar aos 14 anos, sendo viciado em computadores.

Na soma dos conhecimentos, paixões, capacidades e originalidade destas duas pessoas está a génese da Ugritone, que você pode conhecer melhor a partir de agora, lendo a entrevista que tivemos o imenso prazer de fazer. Antes de começar, queremos também realçar a enorme simpatia e disponibilidade de Ron D. Rock, o nosso interlocutor, para fazermos esta entrevista à distância via e-mail desde Portugal até à Finlândia, separados por 4 mil quilómetros!

Toni Kauko

 

CLIQUE AQUI PARA VISITAR O SITE DA UGRITONE

NOTA: Esta entrevista foi realizada em inglês e posteriormente traduzida, por isso publicamos a versão traduzida, mas também a versão original, como você pode ver abaixo.

 

 

A Ugritone traz de volta o som clássico do metal com um toque moderno!

 

 

Gonçalo Sousa (GS): Sabemos que Ugritone fabrica plugins, instrumentos virtuais e bandas sonoras para produtores musicais. Mas como e quando nasceu Ugritone?

Ron D. Rock (RDR): A Ugritone nasceu com o apelido de It Might Get Loud Productions em 2 porões por volta de 2016. Eu e Toni Kauko tivemos a ideia de fazer ferramentas de som lo-fi para compositores como uma alternativa a todo esse brilho hi-fi. A cena musical de Detroit não estava funcionando para mim na época e eu acho que o Toni tinha uma abertura no seu calendário também e nós entramos nela com a atitude “aconteça o que acontecer, aconteça”. E acho que fizemos uma entrada alta porque ainda aqui estamos (haha).

(GS): Porquê o nome Ugritone?

(RDR): Como It Might Get Loud Productions não possuíamos totalmente o nome da marca, devido ao filme It Might Get Loud, então estávamos no mercado por um novo nome e depois de lançarmos ideias como HeavyTekk etc, decidimos que precisaríamos de algo um pouco diferente. A parte ugri do nome vem das línguas úgricas, que é o grupo de línguas das quais o finlandês faz parte. Também queríamos incluir a borda primitiva nele. Os finlandeses ficaram um pouco atrás dos vizinhos suecos e dinamarqueses e como Ugritone ainda está tentando acertar o tom do Morbid Angel de 1994, o nome fazia todo o sentido do mundo. Algumas pessoas gostaram, outras não (haha).

(GS): Qual é a sua formação musical?

(RDR): Eu cresci no formato de rádio Pop / Rock. Suzanne Vega, Def Leppard, Lisa Stansfield, Bruce Hornsby… você nomeie (haha). O punk e o metal surgiram no final dos anos 90, muito graças à trilha sonora do jogo Pro Skater de Tony Hawk, que era um gancho, linha e chumbada. Mais ou menos na mesma época, comecei na engenharia, por volta de 98 ou mais. Tive a sorte de frequentar uma escola que tinha muito mais música e artes no seu currículo, então aprendi muitas dessas coisas básicas numa idade extremamente jovem e por volta dos 15 anos eu já tinha grande parte do ABC.

(GS): Na sua opinião, quais são os principais benefícios que a Ugritone oferece?

(RDR): Somos independentes e muito orgulhosos disso. Temos a capacidade única de não apenas seguir os nossos corações, mas também atender aos pedidos dos nossos ouvintes. Muitos desses pacotes MIDI que lançamos foram solicitados pelos nossos clientes e, se tivermos a opção de fazer um para eles, podemos torná-los disponíveis para todos. Eu nunca tive que escolher entre um salário certo e um produto que eu odiava. Nesta idade implacável de “uma greve e você está fora” do negócio, temos muita sorte de podermos realizar-nos enquanto sobrevivemos.

(GS): Existem outros serviços e produtos de software de música pensados para a Ugritone fazer?

(RDR): Recentemente, começamos a fazer podcasts e podemos adicionar alguns cursos de produção de áudio em algum momento, mas há um limite para o que uma equipa de 2 pessoas pode fazer. Seria legal assumir todas as frentes, mas eu gosto de comer o que está no meu prato primeiro e agora há o suficiente para satisfazer a minha fome (haha).

(GS): Qual é o seu público-alvo?

(RDR): Acho que visamos principalmente os metaleiros e punk rockers que cresceram com Riki Rachtman’s Headbanger’s Ball e Beavis and Butthead (haha). Esses caras cresceram na mesma cultura que nós e acho que isso os torna atraentes. Quem não tem medo de deixar a tecnologia ajudar no caminho, mas ainda quer aquele som de metal envelhecido nas suas produções, geralmente encontra o seu caminho na Ugritone.

(GS): Como o seu serviço tem sido receptivo na comunidade musical?

(RDR): Eu ouço comentários como “Just Get A Real Drummer” (arranja um baterista verdadeiro) diariamente (haha). Mas isso é como dizer a uma pessoa que mora num apartamento para apenas “comprar uma casa maior”. Aqueles que entendem o que pretendemos geralmente apreciam muito o nosso trabalho, então existem as pessoas que acham o nosso porão um pouco “vil” e há as pessoas que absolutamente desprezam o que fazemos.

De qualquer forma, sempre há uma reação que é muito melhor do que a reação “Eu gosto, é bom”.

 

 

(GS): Qual foi a motivação em criar produtos tão diferentes em comparação com outras ferramentas musicais?

(RDR): Um dia percebi que temos todas essas ferramentas maravilhosas disponíveis para fazer música em casa, mas algo ainda não parecia certo. Digamos que em ’82, a menos que você tivesse um CMI Fairlight ou um Synclavier, você não poderia escrever bateria, baixo, teclas, seções de sopro e coros desde o conforto da sua casa; tudo é muito diferente agora. Eu nem quero dizer o quanto muito mais barato isso é agora (haha).

Ok, então a tecnologia tornou tudo isso possível, mas desde que cresci com aqueles discos antigos de metal / rock, sempre gravitei em torno desse som e um dia não consegui encontrar um instrumento de bateria ou uma guitarra IR que me levasse até lá. Avance 4 anos e ainda estou no mesmo lugar: “aquele álbum tinha um tom matador, vamos tentar fazer algo assim”.

(GS): Você considera importante ter serviços como os seus disponíveis? Porquê?

(RDR): Antes do COVID-19, eu pensava “Acho que sim”, mas quando a pandemia atingiu, mudei minha perspectiva para “Ah, sim”. Quem quer que faça gadgets, serviços, ferramentas, etc. é tão importante quanto as pessoas que lutam na linha de frente para manter a nossa sociedade de bem-estar intacta. Precisamos de coisas para nos manter ocupados e, o mais importante, é que são coisas mesmo essenciais. Costumávamos estar no mundo da música, mas agora todos os que fazem as mesmas coisas que nós estão no ramo da saúde mental também.

Se o nosso programa bobo de bateria pode ajudar alguém a encontrar uma nova inspiração e, portanto, passar melhor o dia tenho muito orgulho disso.

(GS): A implementação técnica da Ugritone foi difícil? Quais foram as principais dificuldades?

(RDR): Como uma empresa da área de tecnologia, combatemos os problemas técnicos diariamente (haha). Ficou muito mais fácil hoje em dia, mas principalmente por causa do nosso tamanho (2 caras), não podemos ter um período de teste de 18 meses antes do lançamento. Para melhorar ainda mais a experiência, estamos trazendo a maioria dos VSTi’s de bateria antigos para o mecanismo KVLT2, pois é muito mais fácil para 2 caras oferecer suporte técnico para um programa de bateria do que para 5-6.

(GS): E a relação com o género metal. Por que razão isso aconteceu?

(RDR): Conforme a pessoa envelhece, ela pode mudar o seu nome, país de residência ou que tipo de roupa usa, etc., mas você não pode mudar o seu primeiro amor: e para nós era a música Metal. Isso vem naturalmente e parece estar funcionando para nós, então para quê mudá-lo? Eu gosto de tudo entre Bluegrass e Hip-Hop, mas não me conseguia ver fazendo carreira nisso.

(GS): Você pode explicar a principal motivação para a criação de um serviço e produtos tão distintos com os múltiplos benefícios do Ugritone?

(RDR): Literalmente, ninguém mais está fazendo isso no momento (haha). Se você deseja produtos extremamente rápidos e tecnicamente superiores; provavelmente seria melhor apoiar outra empresa, mas se quiser apoiar os oprimidos junte-se a nós.

(GS): Atualmente, quantos clientes a Ugritone conquistou?

(RDR): Está na casa dos 10 mil agora. Muitas das pessoas estiveram connosco desde o início, eu conheço o primeiro nome delas, mas ao mesmo tempo eu respondo e-mails por cerca de 1-2 horas todos os dias, então ocasionalmente confundo as coisas. Muito disso hoje em dia também é por meio da automação, mas mais uma vez: existe um limite para o que uma equipa de 2 pessoas pode fazer.

 

 

(GS): O mercado brasileiro e outros países de língua portuguesa acolheram o Ugritone?

Acredito que nos estabelecemos muito bem no Brasil. O Brasil e a América do Sul amam muito o Classic Metal e acho que isso tem um grande papel nisso. Gostaria muito de ver este lindo país um dia e ver por mim mesma. Outra área em que notei um número crescente de clientes é a província de Quebec, no Canadá (também conhecida como a capital do metal da América do Norte).

(GS): Qual o serviço ou produto que tem mais sucesso no seu catálogo?

(RDR): Isso seria um confronto entre a linha KVLT Drums II e a nossa linha MIDI Groove. A linha Impulse Response está a chegar ao mesmo nível, assim como os poucos plugins que temos.

(GS): Você pode explicar por que isso aconteceu?

(RDR): Oferta e procura, acho (haha). Os compositores estão em extrema necessidade de ter algum tipo de solução de bateria virtual, pelo que parece.

(GS): Como você avalia o panorama dos softwares musicais em geral?

(RDR): Existe espaço para todos, eu quero ver todas as cores voando alto e poderoso.

(GS): Qual a sua opinião sobre a qualidade do software musical disponível hoje para cada músico e produtor? Você encontra muitas diferenças para a hora de início?

(RDR): Nunca houve um momento melhor do que agora, e só vai ficar melhor.

No entanto, de vez em quando, é importante que os músicos e engenheiros se olhem no espelho e perguntem: Estou apaixonado pelo processo ou pelo produto?

(GS): Você acha que esse tipo de ferramenta contribui positivamente para fazer música melhor?

(RDR): Se o seu relacionamento com o seu ofício está indo pelo caminho certo, então absolutamente sim.

No entanto, posso ver o declínio dos “estúdios de gravação ao vivo” porque as ferramentas em casa ficaram muito boas. Eu sou tão culpado nisso quanto todo o mundo. Eu acho que o VSTi e tudo o que deve servir ao propósito de ser “ferramentas de escrita”. Acho que o dia em que as gravadoras e os fãs não quiserem apresentações excessivamente editadas, ajustadas e quantizadas nos álbuns, esse será o dia em que haverá um ressurgimento dos estúdios de gravação ao vivo. E isso já está acontecendo.

(GS): Existe alguma coisa que você ainda não conseguiu alcançar e que estava em seus planos desde o início? Se sim, o quê?

(RDR): Eu sinto que ainda tenho muito a dar e há muitos projetos em andamento, mas, novamente, a mão-de-obra de 2 só pode fazer isso. Se vivêssemos em Utopia, onde Ugritone teria mais de 10 pessoas quebrando o código, provavelmente lançaríamos algo legal todos os meses (haha).

 

 

(GS): Você considera que eventos da indústria da música como NAMM e MIDEM são importantes para o desenvolvimento da economia da indústria da música no mundo?

(RDR): Absolutamente! Ainda não tive a chance de visitar o NAMM, mas está na lista do balde com certeza. Eu não sou o assistente de rede, mas seria legal verificar todos esses fornecedores e provavelmente voltar para casa com uma carteira vazia (haha).

(GS): A Ugritone costuma apresentar os seus produtos em eventos desse tipo? Em caso afirmativo, quais e onde você encontra o feedback mais positivo?

(RDR): Acho que ainda não estamos prontos para dar um salto nesse mundo. Eu ficaria feliz em pular numa van um dia e visitar lojas de música na América do Norte apresentando os trabalhos de Ugritone, mas estamos muito felizes por estar na cena underground. Se você é um cliente da Ugritone e as suas bandas estão a fazer um show na área de Detroit, me avise e eu ficaria mais do que feliz em participar.

(GS): Quer deixar uma mensagem particular para músicos, produtores e / ou público em geral?

(RDR): Siga o seu coração, ouse desafiar o status quo, escolha a ferramenta certa para o trabalho certo, cometa esses erros felizes, é 80% ouvir.

– Tags de preço nem sempre significam melhor. Eu destruí um disco ao escolher um Neumann U87 em vez de um AKG414, simplesmente porque… era o microfone mais caro (haha). Erro de novato.

   

– O primeiro álbum dos Guns N’Roses (Appetite for Destruction) não começou a vender até cerca de um ano após o seu lançamento. “Se fosse mixado de forma diferente”, “Se tivéssemos escolhido um produtor diferente”. Pode apostar que eles tinham essas perguntas, até que…

– Se já soa bem, deixe como está. Essa é a coisa mais difícil de fazer.

– O tom dos Dire Straits para Money for Nothing foi, na verdade, o resultado de uma falha de microfone e o pedal da guitarra estragou. Às vezes, a abordagem “pelo livro” não funciona. Experimente!

(GS): E para finalizar, como a Ugritone imagina no futuro? Como e para onde você quer evoluir?

(RDR): Temos o calendário de produção para 2021 reservado agora, então espere mais algumas expansões KVLT2, pacotes Impulse Response de nós. Obrigado por ser incrível, não poderíamos fazer isso sem vocês!

P.S. – Algum tipo de cadeira de escritório auto-levitante de gravidade zero seria incrível!

 

 

CHECK BELOW THE ENGLISH VERSION OF THE UGRITONE INTERVIEW FOR MUNDO DE MÚSICAS

 

Ugritone: plugins, instruments and samples for Heavy Metal fans

Ugritone is a Finnish company that creates and markets exceptional audio tools made by Ron D. Rock and Toni Kauko, namely plugins, virtual instruments and quality files for music producers.

The company believes that quality music tools belong to everyone, so most of its products are very affordable. The main mission is to create new interesting plugins that were not available before, always basing their development on music history.

Ugritone also stands out for being a creator of resources especially dedicated to the metal genre, which in the universe of VST Plugins is a rare bet. They firmly believe, and so do we, that to understand the future of music you must know its history. “Old ideas, new uses” is the slogan of this powerful brand.

It was with this same spirit of discovery that we decided to go ahead with this interview with Mundo de Músicas with Ron D. Rock, responsible for Engineering, Marketing, A&R at Ugritone.

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Who are the founders of Ugritone?

Founded by Ron D. Rock and Toni Kauko, Ugritone is a very unique company. This is partly due to the two partners who are behind the brand, as both combine their passion for music with other skills that actually allow them to develop revolutionary and original products.

Ron D. Rock is a Finnish audio lover who has been playing music actively since 1997 and started working in engineering in the year 2000. He initially dedicated himself to producing local Finnish bands around 2004, then ventured to North America in 2006, however, attended college in Ireland in 2013 and lived briefly in Spain, returning to the US in 2016.

He’s a multi-instrumentalist, songwriter, producer, absolute New England Patriots/Boston Red Sox fan, intellectual, libertarian, who believes Rock N’ Roll can change the world.

On the other hand, Toni Kauko (responsible for programming, graphics and technical support) is also Finnish but is more introverted than his partner. From a young age he focused more on creating things than on socializing with people, he lived most of his youth in the countryside, where there was not much to do but build and invent. And music has been part of his life since childhood.

He started by playing the piano for a few years, then he took up drums, a few years later he started playing guitar. All mixed up, Toni Kauko started composing and singing at the age of 14, being addicted to computers.

In the sum of the knowledge, passions, skills and originality of these two people is the genesis of Ugritone, which you can get to know better from now on by reading the interview that we had the immense pleasure of doing. Before starting, we would also like to emphasize the enormous sympathy and availability of Ron D. Rock, our interlocutor, to make this interview remotely via e-mail from Portugal to Finland, separated by 4,000 kilometers!

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NOTE: This interview was conducted in English and later translated, so we publish the translated version, but also the original version, as you can see below.

 

 

Ugritone brings back the Metal Classic Sound with a Modern Twist

 

 

Gonçalo Sousa (GS): We know that Ugritone makes plugins, virtual instruments and soundpacks for music producers. But how and when was Ugritone born?

Ron D. Rock (RDR): Ugritone was born under the moniker It Might Get Loud Productions in 2 basements around 2016. Myself and Toni Kauko had an idea to make lo-fi sound tools for songwriters as an alternative to all this hifi sparkle. The Detroit music scene wasn’t working for me at the time and I think Toni had an opening in his calendar as well and we went into it with “whatever happens, happens” attitude and guess we made loud enough entrance cause we’re still here (haha).

(GS): Why the name Ugritone?

(RDR): As It Might Get Loud Productions we didn’t fully own the brand name, due to the movie It Might Get Loud so we were in the market for a new name and after tossing around ideas like HeavyTekk etc we decided that we’d need something a bit different. Ugri-part of the name comes from Ugric languages, which is the group of languages that Finnish is part of. Also we wanted to include the primitive edge to it. Finns were somewhat behind the neighboring Swedes and Danes and since Ugritone is still trying to nail that 1994 Morbid Angel tone, the name made all the sense in the world. Some people liked it, some didn’t (haha).

(GS): What is your background in music?

(RDR): I grew up on the Pop/Rock radio format. Suzanne Vega, Def Leppard, Lisa Stansfield, Bruce Hornsby.. you name it (haha). Punk & Metal came around in the late 90’s, much thanks to Tony Hawk’s Pro Skater game soundtrack which was a hook, line & sinker. Around the same time I began engineering, ‘round 98 or so. I was fortunate enough to attend a school that had a lot more music and arts in their curriculum so I learned a lot of those basic things at an extremely young age so by the age of 15 or so I already had most of the ABC’s down.

(GS): In your opinion, what are the main assets that Ugritone provides?

(RDR): We’re independent and damn proud of it. We have the unique capability to not only follow our hearts but to follow our listeners requests. Lot of those MIDI packs we’ve put out have been requested by our customers and if we have the option to make one for them, we can make them one. I’ve never had to choose between a sure paycheck and a product which I hated. In this cutthroat age of “1 strike and you’re out” business, we’re really fortunate that we can fulfill ourselves while surviving.

(GS): Are there other music software services and products that do what Ugritone does?

(RDR): We’ve recently started doing podcasts and we might add some audio production courses somewhere down the line but there’s only so much a team of 2 can do. Would be cool as hell to take over on all fronts but I like to eat what’s on my plate first and right now there’s enough to satisfy my hunger (haha).

(GS): What is your target audience?

(RDR): I think we mainly target the metalheads and punk rockers who grew up on Riki Rachtman’s Headbanger’s Ball and Beavis and Butthead (haha). Those guys grew up on that same dial as we did and I think it makes it appealing for them. Whoever isn’t afraid to let technology aid the way but still wants that aged metal sound in their productions usually finds their way to Ugritone.

(GS): How has your service been receptive in the music community?

(RDR): I hear comments like “Just Get A Real Drummer” on a daily basis (haha). But that’s like telling a person who lives in an apartment to just “buy a bigger house”. Those who get what we’re about usually appreciate our work highly, then there’s the folks who find our basement sound a bit too “basementey” and there’s the folks that absolutely despise what we’re about.

Either way, there’s always a reaction which is WAAAAY better than “I like it, it’s nice” reaction.

 

 

(GS): What was the motivation in creating products so different compared to other music tools?

(RDR): One day I realized that we have all these wonderful tools available to make music at home but something still didn’t sound right. Say back in ‘82 unless you had a CMI Fairlight or a Synclavier you couldn’t write drums, bass, keys, horn sections, choirs from the comfort of your home; that all is very different now. I don’t even wanna say how much cheaper that is now too (haha).

Ok so technology made all this possible but since I grew up with those old metal/rock records I’ve always gravitated towards THAT sound and one day I couldn’t find a drum instrument or a guitar IR that would take me there. Fast forward 4 years ahead and I find myself still in the same place: “that album had a killer tone, let’s try and do something like that”.

(GS): Do you consider it important to have services like yours available? Because?

(RDR): Before COVID-19 I would’ve thought “I guess” but when the pandemic hit I changed my perspective into “Oh hell yeah”. Whoever makes gadgets, services, tools etc is just as important as the people battling in the front lines keeping our welfare society intact. We need things to keep us busy and most importantly; sane. We used to be in the music business, but now everyone who does the same thing as we do; are sort of in the mental health business as well.

If our silly little drum program can help someone find new inspiration, and therefore get through the day; I take great pride in that.

(GS): Was the technical implementation of Ugritone difficult? What were the main difficulties?

(RDR): As a company in the tech field, we combat technical issues on a daily basis (haha). It’s gotten much much easier these days but mostly because of our size (2 guys) we can’t quite have an 18-month testing period before the release. To further enhance the experience we are bringing most of the old drum VSTi’s into the KVLT2 engine as it’s way easier for 2 guys to offer tech support for 1 drum program than it is for 5-6. 

(GS): And how about the relation with the metal genre. Why that happened?

(RDR): As the person ages they can change their name, country of residence or what kind of clothes they wear etc, but you can’t change your first love; and for us it was Metal music. It comes naturally and it seems to be working for us so why change it. I do enjoy everything between Bluegrass and Hip-Hop but I couldn’t see myself making a career out of it.

(GS): Can you explain the main motivation for creating such a distinct service and products with the multiple benefits of Ugritone?

(RDR): Literally, no one else is doing it at the moment (haha). If you want lightning fast, technically superior products; you’d probably be better off supporting another company, but if you feel like supporting the underdogs; come join us.

(GS): Currently, how many customers Ugritone did conquer?

(RDR): It’s in the 10,000’s right now. Lot of the people that have been with us from the start I have a first name basis with them but at the same time I answer emails for about 1-2 hours every single day, so I occasionally get things mixed up. Lot of it these days is through automation as well but once again: there’s only so much a team of 2 can do.

(GS): Did the Brazilian market and other Portuguese speaking countries welcomed Ugritone?

(RDR): I believe we’ve established ourselves pretty well in Brazil. Brazil and South America have a lot of love for Classic Metal and I think that plays a big part in that. Would very much like to see your beautiful country one day and see it for myself.  Another area which I’ve noticed an increasing number of customers is the province of Quebec in Canada (a.k.a the metal capital of North America.

 

 

(GS): Of your catalog which service or product is more successful?

(RDR): That’d be a tosser between KVLT Drums II line and our MIDI Groove line. The Impulse Response line is making its way as well as the few plugins we have.

(GS): Can you explain why that happened?

(RDR): Supply and demand I guess (haha). Songwriters are in dire need to have some sort of virtual drumming solution so it seems.

(GS): How do you assess the music software landscape in general?

(RDR): There’s room for everyone there, I want to see all colors fly high and mighty.

(GS): What is your opinion on the quality of music software available today for every musician and producer? Do you find many differences for the time you start?

(RDR): There’s never been a better time than right now, and it’s only going to get better.
Every now and then though, it’s important for musicians and engineers to take a look in the mirror and ask: Am I in love with the process or in love with the product?

(GS): Do you feel that this kind of tools contribute positively to make better music?

(RDR): If your relationship to your craft is going down the right path then, absolutely yes.
However I can see the decline of “live recording studios” because the tools at home have gotten so good. I’m just as guilty in that as everybody else. I guess VSTi’s and all that should serve the purpose in being “writing tools”. I guess the day the labels and fans don’t want overly edited, tuned and quantized performances on albums, that’s the day when there’ll be a resurgence in live recording studios. And that’s sort of already happening.

(GS): Is there anything that you haven’t been able to achieve yet and that was in your plans from the beginning? If so, what?

(RDR): I feel I still have a lot to give and there’s plenty of projects in the pipeline, but then again the manpower of 2 can only do that much. If we lived in Utopia where Ugritone would have 10+ people cracking the code, we’d probably release something cool every month (haha).

(GS): Do you consider that music industry events such as NAMM and MIDEM are important to the development of the music industry economy in the world?

(RDR): Absolutely! Haven’t had a chance to visit NAMM yet but it’s in the bucket list for sure. I’m not the networking wizard but it’d be cool to check all of these vendors out and most likely return home with an empty wallet (haha).

(GS): Do Ugritone usually present his products at events of this kind? If so, which ones and where do you find the most positive feedback?

(RDR): I don’t think we’re quite ready to take a leap into that world yet. I’d happily jump into a van one day and tour music stores across North America presenting Ugritone works but we’re pretty happy being in the underground scene. If you’re a Ugritone customer and your bands playing a show in the Detroit area, let me know and I’d be more than happy to attend.

(GS): Do you want to leave a particular message for musicians, producers and / or the general public?

(RDR): Follow your heart, dare to challenge the status quo, pick the right tool for the right job,
make those happy mistakes, it’s 80% listening.

– Price tags don’t always mean diddly. I wrecked one record by choosing a Neumann U87 over an AKG414, simply because.. it was the more expensive mic (haha). Rookie mistake.

– Guns N’ Roses’ Appetite didn’t start selling until about a year after its release. “If it was mixed differently”, “If we had chosen a different producer”. You bet they had those questions, until…

– If it already sounds good, leave it be. That’s the hardest thing to do.

– Dire Straits’ tone for Money for Nothing, was in fact a result of a miking fail & guitar pedal acting up. Sometimes the “by the book” approach won’t work. Experiment.

(GS): And to finish, how do Ugritone imagine in the future? How and where do you want to evolve?

(RDR): We have the production calendar for 2021 booked by now so expect some more KVLT2 expansions, Impulse Response packs from us. Thanks for being awesome, we couldn’t do this without you guys!

P.S – Some sort of zero-gravity self-levitating office chair would be awesome.

 

 

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Comments

  • Fernando Urbano
    27 September, 2021

    Ótima entrevista, sou muito fã dos produtos da Ugritone. E fiz, talvez, o primeiro e único review de um produto deles em português – do pacote de Doom. Segue o link para quem se interessar: https://www.youtube.com/watch?v=5E-dZYVb6IM. Abraço.

    • Gonçalo Sousa
      28 September, 2021

      Olá, muito obrigado pelo seu comentário, por acaso já tinha visto o seu vídeo e gostei bastante! Parabéns pelo vídeo! A Ugritone é uma empresa diferenciada neste mercado e por isso mesmo quis fazer esta entrevista. Além disso, são bastante acessíveis e simpáticos, o que também é importante. Grande abraço e continuação de bom trabalho.

  • 01 October, 2021

    Cara, show de entrevista, eu adoro os produtos da Ugrítone. Eles mandam muito bem. |0|

    • Gonçalo Sousa
      04 October, 2021

      Muito obrigado, fico feliz por saber a sua opinião. Realmente também gosto muito da Ugritone e dos seus produtos inovadores!

      Abraço, boas músicas!

  • 05 October, 2021

    A Ugrítone é simplesmente maravilhosa, contribui muito para música… Entrevista top

    • beatdigital
      08 October, 2021

      Muito obrigado pelo seu comentário, também acho que a Ugritone é sensacional e por isso mesmo quis divulgar ao máximo esta empresa!

      Abraços e boas músicas!

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