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Marketing Sensorial: marcas que nos entram pelos ouvidos

Marketing Sensorial: marcas que nos entram pelos ouvidos

by Tiago Leão

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O marketing é uma área que põe em prática várias técnicas para gerar um maior volume de vendas, aumentando não só os lucros como a presença da marca no pensamento das pessoas. E é aqui que entra o marketing sensorial, a vertente da disciplina que procura apelar aos 5 sentidos do consumidor. Neste artigo, focamo-nos na audição.

A audição é um elemento importante da comunicação. Basta colocar um jingle ou ouvir uma música no rádio para que nos lembremos da publicidade onde a mesma música foi utilizada.

O som é tão importante que chega mesmo a trabalhar a favor da marca que o utiliza para transmitir uma determinada sensação: se ouvirmos uma música mais lenta, associamos a empresa a algo mais calmo; por outro lado, sons agitados possuem um certo dinamismo que pode, por exemplo, ser aproveitado por marcas mais jovens.

A ideia de utilizar os sentidos para vender partiu de Inglaterra, mas é atualmente utilizada por várias empresas. Algumas chegam mesmo a criar estratégias que são, no mínimo, originais e que nos entram no ouvido sem que nos apercebamos. Vejamos alguns casos de sucesso de marketing sensorial que já conquistaram os consumidores.

Marketing Sensorial: campanhas que apelam à audição

E se as gomas gritassem quando as come?

A pergunta pode até parecer ligeiramente parva, mas tem razão de ser. Estávamos no ano de 2011 quando um engenheiro da Universidade de Tóquio, chamado Masahiko Inami, desenvolveu uma tecnologia que permitia ouvir os sons que fazemos enquanto mastigamos.

De forma simples, bastava colocar uns headphones para que, quando alguém trincasse as guloseimas, se ouvisse um barulho como se elas se tivessem a queixar. Usada inicialmente para fins médicos, a tecnologia foi depois integrada em campanhas empresariais de marketing sensorial.

Ouvir música antes de comer um gelado

A marca Häagen-Dazs criou uma estratégia criativa para fazer face às queixas de alguns consumidores que diziam ter de esperar muito antes que o gelado descongelasse ligeiramente e ficasse com a textura certa para ser consumido. Para isso, criou um aplicativo chamado Häagen-Dazs Concerto Timer.

   

Basicamente, sempre que alguém fosse comer um gelado e tivesse de esperar, bastava apontar o telemóvel para que, durante 2 minutos, tivesse acesso a um pequeno concerto no ecrã do telemóvel. Depois da música terminar, o gelado estava pronto a comer. “Tal como o vinho precisa de respirar, também o gelado Häagen-Dazs precisa de ficar mais suave”.

Quem disse que os restaurantes eram só para comer?

Vários restaurantes têm apostado em estratégias diferentes para se diferenciarem e captarem a atenção dos clientes. O The Fat Duck, nos Estados Unidos da América, ganhou muita popularidade graças a um prato especial, chamado “Sons do Mar“. Juntamente com o prato, vinha um iPhone do qual saía nada mais, nada medos do que o barulho das ondas. O aparelho era apresentado dentro de um búzio e, naturalmente, acompanhava pratos de peixe.

Sound of the Sea as served at the Fat Duck

 

Música que nos leva ao céu (literalmente)

Uma estratégia diferente mas que também envolvia som foi realizada pela British Airways. A companhia aérea britânica seguiu um estudo da Universidade de Oxford, segundo o qual a música certa pode intensificar sabores. Como tal, resolveu criar uma playlist para que os passageiros ouvissem enquanto comiam. Entre os temas encontram-se A Sky Full of Stars dos Coldplay, e versões de Crazy in Love e Somewhere Only We Know, por Anthony and The Johnsons e Lily Allen, respetivamente.

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