Iron Maiden: uma donzela de ferro com muita História para cantar
Estamos em 2016, mais de 40 anos depois da formação da banda britânica Iron Maiden. Somadas quatro décadas de carreira, este grupo de heavy metal continua a ser hoje considerado como a melhor banda do seu género. E não são apenas os críticos que o dizem. Basta darmos uma vista de olhos pelos números registados pelos Iron Maiden para constatarmos a dimensão do seu sucesso: Milhares de fãs nos seus concertos, milhões de discos vendidos e centenas de prémios.
Com artistas que continuam jovens – apesar do tempo ter passado -, os Iron Maiden continuam dotados com a mesma energia característica das suas primeiras composições e, de forma genial, continuam a fazer heavy metal sem pudores. O facto de usarem as suas letras para prestarem uma homenagem à história da humanidade prova que os Iron Maiden até nisso se distinguem.
Neste post, decidimos prestar a nossa homenagem a esta banda, contando a história da sua formação. Está preparado?
Iron Maiden: mais de 40 anos de metal puro e duro
Comecemos então pelo início. Os Iron Maiden foram formados em meados dos anos setenta por Steve Harris, o baixista da banda, mais precisamente no dia de natal de 1975. O artista tinha então saído do banda onde se encontrava e procurava criar um projeto pessoal. Após se juntar ao vocalista Paul Day, aos guitarristas Dave Sullivan e Terry Rance e ao baterista Ron Matthews, lança-se para a liderança de um novo movimento musical.
Hoje, esse movimento é conhecido como NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal) e contou com a liderança inicial dos Iron Maiden. Quebrando padrões musicais, os artistas não hesitaram em dar forma à sua música, composta por sons fortes e fora do comum, por vezes até algo controversos.
O nome da banda fugia também a todas as convenções. Quem conhece história poderá ter percebido que o nome Iron Maiden – Donzela de Ferro, quando traduzido para português – é uma clara referência a um instrumento de tortura usado durante a Idade Média. O filme O Homem da Máscara de Ferro, inspirado na obra de Alexandre Dumas, tem como foco principal este instrumento.
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O nome coincidia também com a Iron Lady, apelido pela qual era reconhecida Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido aquando da formação da banda. Esta personagem política chegou inclusive a aparecer nas capas dos álbuns Women in Uniform e Sanctuary. Porém, uma das intenções da banda ao escolher este nome tão peculiar era homenagear a História da humanidade. As suas músicas é isso mesmo que expressam, incluindo nas letras referências a vários episódios históricos.
Estamos então em 1980. A banda lança o seu álbum de estreia, com título homónimo e inicia uma época dourada. A constituição da banda já não era a mesma. Paul Day é substituído por Dennis Wilcock e, pouco depois, este mesmo membro saiu para dar lugar a Paul Di’Anno. Já com dois álbuns no mercado e inúmeras performances ao vivo, a banda confrontou-se então com um problema.
Até então eram conhecidos por não usarem drogas. Todo o trabalho que faziam, fosse dentro ou fora de palco, era considerado quase perfeito e bem executado. Porém, isto mudou quando a banda percebeu que Paul Di’anno não só estava a usar cocaína como também deixava que isso afetasse a sua performance. A banda tomou então uma decisão: demitir Paul Di’Anno, mesmo que isso ameaçasse o sucesso de que estavam a usufruir.
Só então entra Bruce Dickinson, que se manteve ao microfone desde então (exceto durante um breve interregno entre 1993 e 1999) e que ditou todo um novo rumo para a banda. Entre muitos altos e baixos, os Iron Maiden contam hoje com uma composição muito diferente. Apesar de Steve Harris continuar no baixo e no teclado, da constituição original só Dave Murray se mantém. A eles junta-se Adrian Smith, Bruce Dickinson, Nicko McBrain e Janick Gers.
Com quatro décadas de existência, dezasseis álbuns de estúdio, seis álbuns ao vivo, catorze vídeos e diversos compactos, os Iron Maiden tornaram-se numa das bandas mais bem-sucedidas de toda a história do heavy metal. Em 2011, a carreira foi consagrada com um Grammy pela melhor performance em heavy metal com a música El Dorado.
O álbum mais recente, The Book of Souls, chegou às lojas em 2015 e lançou de novo a banda para uma tournée mundial que conta com concertos em Portugal e no Brasil. Se é fã da banda recomendamos que garanta o seu bilhete o quanto antes.