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Sabia que os olhos reagem à sua música preferida?

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Sabia que os olhos reagem à sua música preferida?

by Eduardo Aranha

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No Mundo de Músicas já falamos dos muitos benefícios da música. É terapêutica, ajuda a estimular a nossa concentração em momentos de trabalho e permite-nos relaxar como nenhum calmante é capaz de o fazer. Mas e se lhe disséssemos que a música interfere também com os olhos?

Nunca ninguém pensou que isto pudesse acontecer mas é a mais pura verdade. Pelo menos de acordo com um estudo feito pelas Universidades de Viena e Innsbruck. A investigação concluiu que a música faz dilatar as pupilas.

O estudo, que teve como alvo de análise a reação ocular de um conjunto de 60 participantes, foi feito graças a um dispositivo laser que permite observar microscopicamente os olhos. Nos parágrafos que se seguem explicamos as conclusões deste estudo.

O estudo que analisou a relação entre olhos e música

Entre as conclusões retiradas da investigação, supôs-se que o conteúdo da música e a emoção que provoca são os principais fatores a influenciar a dilatação das pupilas.

A dilatação, por sua vez, é mais intensa quando a música tem um papel importante na vida da pessoa. Músicas em momentos como o nascimento de um filho, um pedido de casamento, um óbito e uma viagem exercem um efeito maior na visão de uma pessoa.

Um grupo de 30 voluntários que fizeram parte do estudo foram submetidos à audição de 80 excertos de músicas, em piano, com base no seu estado emocional.

   

Entretanto, um segundo grupo, também composto por 30 participantes – que desconheciam por completo qual o objetivo do estudo – ouviram as mesmas peças musicais enquanto eram avaliados por um dispositivo laser. No final, cada um dos participantes teve de descrever o que sentiu durante a audição.

Em sentidos práticos, isto significa que a medição da pupila pode ser uma “ferramenta promissora” para analisar reações emocionais à música, como disse um dos autores do estudo, Bruno Gingras. Uma música de que realmente gostamos traduzir-se-á ainda em efeitos oculares mais notórios.

De acordo com Manuela Marin, este estudo sugere que um “um processo complexo acontece entre as características da música e as características individuais do ouvinte, influenciando as respostas da pupila à música e, presumivelmente, as respostas emocionais também.”

Futura pesquisa, que terá como base uma maior variedade de género musicais e recorrerá a métodos de análise mais sofisticados, é necessária para explorar o fenómeno ao detalhe.

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