Sucessos dos Anos 90: Onde é que Eles Andam?
Foram one hit wonders. Que é o mesmo que dizer “espero que corra tudo bem contigo” antes de fazer figas. Nomes outrora gigantes que hoje poucos se recordarão. Não se preocupem, há boas razões para isso.
Saiba neste post o que é feito de Kriss Kross, 4 Non Blondes, Los Del Rio, Chumbawamba, Lou Bega ou Natalie Imbruglia.
Ora então… liguemos a localização. Quando dissermos RIP, já ninguém sabe onde andam. Quando dissermos ‘Coma Induzido’ quer dizer que os artistas de outrora ainda fazem umas coisas, mesmo que longe dos olhares da ribalta.
KRISS KROSS – JUMP
Estávamos em 1992 e os Kriss Kross tomavam conta desta brincadeira toda. Estiveram no topo da Billboard durante 2 meses, abriram para Michael Jackson, tiveram jogos da Sega (!), um fartar vilanagem minha gente.
Em 1996 a parelha desapareceu completamente de cena, após dois álbuns falhados.
A parelha tinha 17 anos.
Leram bem.
17 paus.
Estado: RIP
4 NON BLONDES – WHAT’S UP?
Em 1993 uma tal de Linda Perry enchia os ouvidos da malta com a inspiração que devemos reconhecer em “hey, hey, heeeyyyy”. Ela cantava mais qualquer coisa mas ninguém se importava. Estava lá o “hey”.
A banda não chegou sequer ao segundo álbum e Linda Perry fez-se à vida solo.
Foi entretanto responsável por hits de Pink (Get The Party Started), Gwen Stefani (What You’re Waiting For?) e Christina Aguilera (Beautiful).
Hey…
Estado: Coma Induzido
LOS DEL RIO – MACARENA
A ‘malha de bolso’ para qualquer DJ de casamento fez-se ouvir, um pouco por todo o Universo, corria o ano de 1994. Aliás, qual Mundial de Futebol dos EUA qual quê, año de Macarena, presupuesto!
Ano de Antonio Romero e Rafael Ruiz, que era o par de indivíduos que aparecia no videoclip (e os únicos que nem se dignavam a fazer a célebre coreografia… pfff!).
Esta gente basicamente encheu o bolsillo e… pouco mais.
Convém referir que a parelha espremeu de tal forma o moneymaker que em Todos os Álbuns lançados a partir de A Mi Me Gusta havia… uma versãozinha alternativa da Macarena para degustar. “Hey!”
Em 2008 foi lançado um álbum carinhosamente baptizado de Macarena Quinceañera… isto é gente que sabe contar meus caros.
Hoje não sabemos sinceramente o que é feito deles. Se os virem na rua mandem-lhes um saludo dos nossos por favor
Estado: Coma Induzido (por motivos de O Que Seria Um Casamento Sem Macarena)
NATALIE IMBRUGLIA – TORN
A actriz de TV que deixou a terra dos cangurus para ser feliz martelou-nos com Torn até não poder mais, estávamos em 1997.
O teledisco era todo giro, a miúda não era feia, pimba, 4 milhões de cópias por todo o Mundo. Ah pois é. E agora Natalie?
“Conversation has run dry”.
Natalie ainda tentou mais três álbums e desapareceu educadamente de cena.
Voltou às lides da representação (entrou em Johnny English), foi juíz do X Factor da Austrália e… nada mais a declarar.
Estado: RIP
NEW RADICALS – YOU GET WHAT YOU GIVE
Isto bateu para burro (1998) e, sejamos sérios, não valia um charuto. Ainda por cima ‘tinha a mania’, com tiradas do estilo “come around we’ll kick your asses” para gente que fez umas coisas musicais tipo o Beck, o Marilyn Manson, a Courtney Love e… os Hanson.
Separaram-se ainda antes de lançarem novos singles e hoje Gregg Alexander, esse mauzão, dedica-se a escrever letras. Santana, Ronan Keating e Sophie Ellis Bextor (eish!) foram alguns dos que recrutaram os serviços do ex-líder desta banda que um dia passou nas rádios de Sábado a Sexta.
Estado: Coma Induzido
CHUMBAWAMBA – TUBTHUMPING
Havia Outra música em 1997 para além desta? Ah… a Torn, claro. Era tudo a encher K7s, de 60’ e 90’ sem Dolby NR, desta traquitana.
Uma banda curiosa porque andou a tentar a sorte desde 1982, atingiu a mouche no final dos anos 90 e depois decidiu que… a cousa estava feita.
Lançaram 19 álbums.
Até hoje procura-se quem consiga dizer Duas músicas deles.
Estado: RIP
LOU BEGA – MAMBO Nº 5
David Lubega (para os amigos) massacrou as danceterias de final dos 90s com este hino inspirado numa trilha de 1949.
Depois de hibernar, voltou a fazer-se ouvir em 2013, num álbum discreto nos EUA que ainda marcou uns pontinhos pela sua Alemanha natal.
Hoje, Lou pode passar a meia-noite de dia 31 de Dezembro a seu lado. Não estamos a brincar, eis a informação das suas redes sociais:
> Lou Bega + 3 dançarinas num show de 45mins, metade playback
> Lou Bega + 3 dançarinas num show de 60mins, metade playback com duas partes:
- Lou Bega ‘Best Of’
- Lou Bega ‘A Little Bit of 80s’
> Lou Bega e banda de 8 elementos, com secção de sopros e vocalistas de apoio, assim como 2 dançarinas num show de 90mins com duas partes:
- Lou Bega
- Lou Bega e banda ‘Best Of’
Está à espera de quê? Marque já o seu Lou Bega ó fáxavor!
Estado: Coma Induzido
Bónus:
CRAZY TOWN – BUTTERFLY
Anos loucos em que já se falava mp3 e Limp Bizkit.
Entrou rapidamente para o top 100 da Billboard e vendeu que se fartou.
Ao final da tarde (praticamente, estes one hit wonders têm disto…) a banda separou-se, o guitarrista Rust Epique morreu em 2004 e o líder Shifty Shellshock (ou Seth Binzer para os colegas) apareceu em programas como Celebrity Rehab.
Dizer ainda que Butterflyfoi buscar inspiração a uma faixa dos Red Hot Chili Peppers (confira aqui a música inspiradora Pretty Little Ditty de 1989).
Foi considerada pela VH1 como a 34ª “Most Awesomely Bad Song Ever”.
Estado: RIP
Espero que tenham gostado desta viagem pelo tempo. Fiquem por aí enquanto descobrimos o que andam a fazer os melhores artistas de one hit wonders dos anos 80!