Enérgica, alegre e muita agitada é, provavelmente, uma forma demasiado simplista de caracterizar a música dos californianos Red Hot Chili Peppers, mas seguramente exacta. Ouvir Anthony Kiedis e seus pares é sentir uma explosão de energia e alegria e experienciar uma enorme vontade em se agitar… física e mentalmente. Qual malagueta rock que aguça todos os sentidos!
São assim, e sempre foram, os Red Hot Chili Peppers, que conseguiram ainda juntar à música uma imagem muito singular e divertida, com encenações em palco e videoclips bastante sugestivos e… sempre animados.
São assim, e sempre foram, desde 1983 quando Kiedis se juntou aos colegas de liceu Flea (baixo), Hillel Slovak (guitarra) e Jack Irons (bateria).
Apesar dos dois últimos não terem participado na gravação do epónimo álbum de estreia da banda (1984) – que se deu a conhecer ao público sob o nome de Tony Flow and the Miraculously Majestic Masters of Mayhem, mas que já debutou em disco como Red Hot Chili Peppers –, esta foi a formação responsável pelos três primeiros longa-duração do quarteto californiano.
Com a morte de Slovak, por overdose de heroína, em 1988, Irons decide abandonar a banda e começa aí uma série de mudanças, especialmente na guitarra, na composição do quarteto, que apenas mantém Kiedis e Flea desde a fundação.
Jack Sherman, DeWayne McKnight, John Frusciante, Arik Marshall, Jesse Tobias e Dave Navarro foram os guitarristas que, mais ou menos tempo, estiveram na banda, tal como os bateristas Cliff Martinez e D.H. Peligro, estes, em particular, pouquíssimo tempo.
No entanto, a formação atual integra dois músicos que há muito colaboram com a banda: na guitarra, Josh Klinghoffer, que começou em 2007 apenas como guitarrista de digressão, tendo em 2009 ganho o lugar no quarteto; e, na bateria, Chad Smith, que ingressou na banda no ido ano de 1988, mantendo-se atrás dos pratos e timbalões desde então.
Diz-se da música dos Red Hot Chili Peppers que é funk rock, com pinceladas de punk rock e rock psicadélico. Bem, gavetas e rótulos há muitos, mas uma coisa é certa: é música rock de grande qualidade.
Aliás, por alguma razão a banda de Los Angeles é um caso de sucesso de vendas em todo o Mundo, tendo conquistado diversos primeiros lugares nos tops de vendas.
O quarteto californiano é dos mais bem-sucedidos no respeitante a vendas, com mais de 80 milhões de discos vendidos em todo o mundo. E detém ainda os recordes de 13 singles a chegarem a número 1, o maior número de semanas no topo da lista (85) e o maior número de canções no Top 10 da tabela de rock alternativo da Billboard.
Já em 2012, os Red Hot Chili Peppers entram merecidamente para o Rock and Roll Hall of Fame.
Por entre edições mais bem ou menos bem conseguidas junto do público – é em 1991, com o álbum «Blood Sugar Sex Magik» que a banda salta para a ribalta – e após nova mudança na cadeira de guitarrista, Navarro tinha sido despedido e Frusciante readmitido, o quarteto lança aquele que foi o seu maior êxito discográfico: «Californication».
O álbum de 1999 foi mesmo o maior sucesso comercial da banda de Los Angeles, com mais de 16 milhões de cópias vendidas, seguindo-se três anos depois «By The Way» e, já em 2006, o duplo-álbum «Stadium Arcadium», o primeiro que os Red Hot Chili Peppers conseguiram guindar ao primeiro lugar nos Estados Unidos e que lhes rendeu cinco Grammys.
Finda a digressão mundial de «Stadium Arcadium», Riedis e seus pares carregaram na tecla de pausa.
E só em 2011, já com Klinghoffer na guitarra, a banda gravou o seu décimo álbum de estúdio, «I’m With You», tendo em 2016 editado o seu mais recente disco, «The Gateway», que em Julho vem apresentar ao Super Bock Super Rock 2017.
De regresso a Portugal onde não actuam desde 2006, os Red Hot Chili Peppers são a primeira confirmação para o Super Bock Super Rock 2017, que volta a assentar arraiais no Parque das Nações, em Lisboa. O concerto dos californianos está agendado para o Palco Super Bock, no dia 13 de Julho.
Está é, certamente, uma oportunidade que os milhares de fãs portugueses não vão desperdiçar, pois, após a dupla passagem pelo Pavilhão Atlântico, em 2002, a última actuação da banda em solo nacional foi no Rock in Rio Lisboa, de 2006. Há muito tempo, portanto…
E não se espere que Kiedis, Flea, Smith e Klinghoffer venham tocar apenas os novos temas, pois será obrigatório interpretarem cancões como «Give it away», «Under the bridge», «Aeroplane», «Scar Tissue» ou «Californication».
Os bilhetes já estão à venda e custam 55 euros (bilhete diário) e 109 euros (passe de três dias). Quanto aos bilhetes VIP, custam entre 150 euros (passe de três dias) e 250 euros (bilhete diário) e dão acesso ao frontstage do Palco Super Bock e do Palco EDP, bem como à zona reservada para convidados Super Bock.
Por outro lado, e como o Mundo de Músicas já noticiou, há também os Fã Pack FNAC à venda desde Novembro.