O que acontece quando duas lendas da música se reúnem lado a lado? Um Post Pop Depression, claro.
Por um lado, temos o lendário Iggy Pop, o vocalista que formou a banda The Stooges, em 1967, e que com a sua voz explorou o universo do chamado protopunk. No palco, provou a sua excentricidade e todos os que tentaram prever o seu comportamento foram eles mesmos tomados de surpresa. O nosso colaborador José Manuel Simões, por exemplo, conta numa das suas crónicas o quão inesperado e bizarro foi o seu encontro com Iggy Pop. E a verdade é que a popularidade foi variando ao longo dos anos, muito à conta dos seus comportamentos.
E, por outro lado, temos Josh Homme, o fundador da banda de stoner rock Queens of the Stone Age que, ainda que sendo o único membro da constituição original, continua a cantar, tocar guitarra e a compor para o grupo musical. Também a ele é atribuída a co-fundação do Eagles of Death Metal onde participa, ocasionalmente, como baterista.
Portanto, agora que dispensamos as apresentações, parece-nos muito evidente que uma parceria entre Iggy Pop e Josh Homme tem de tudo para ser realmente lendária. Mas como aconteceu esta colaboração? Unindo forças com Pop, Josh Homme produziu o 17.º álbum do artista, , que chegou às lojas em março de 2016. Aplaudido pelos críticos, o álbum mescla estilos diferentes ainda que unidos pela identidade vocal de Pop.
Ainda assim, esta era uma parceria que não se ia limitar apenas a um álbum. O junta de novo os dois artistas numa das mais aclamadas atuações ao vivo de Iggy Pop. O trabalho inclui, maioritariamente, canções retiradas dos álbuns The Idiot, Lust For Life e, claro, Post PopDepression. Eis o alinhamento:
A 13 de maio, Iggy Pop levou o concerto centrado neste álbum à mítica sala londrina e conquistou tudo e todos. Além de Josh Homme, ao vivo Iggy Pop contou com o apoio de Dean Fertita e Troy Van Leeuwen, dos Queens of the Stone Age, Matt Helders, dos Actic Monkeys, e o guitarrista e produtor Matt Sweeney (Skunk, Chavez, Zwan).
A partir do lançamento deste trabalho fica finalmente disponível uma atuação que fará história como um dos melhores concertos de Iggy Pop.