Bruce Springsteen ainda mantém o estatuto de ser The Boss
Nenhuma lista das maiores vozes da história da música está completa sem Bruce Springsteen. Até à data, The Boss já gravou um total de 18 álbuns de estúdio e recebeu 20 Grammys, 4 American Music Awards, 2 Globos de Ouro e 1 Óscar (com a canção Streets of Philadelphia).
Aliás, o nome de Bruce Springsteen não só está gravado no Rock and Roll Hall of Fame, como também no Songwriters Hall of Fame. Born in the USA e Born to Run foram dois dos trabalhos com mais sucesso do artista, cuja música retrata tradicionalmente o modo de vida norte-americano e uma certa forma de agir e pensar. E quem melhor do que Bruce Springsteen para falar deste tema?
Natural de Nova Jérsia (EUA), Bruce Springsteen é filho de uma secretária e de um camionista que esteve muitas vezes desempregado. Descendente de imigrantes de ascendência italiana, irlandesa e holandesa, o jovem cresceu no seio de uma família católica que vivia com algumas dificuldades. A primeira guitarra foi oferecida pela mãe quando tinha apenas 13 anos. Alguns anos depois, o jovem conheceu um casal que ajudava músicos locais e foi então que integrou os The Castiles.
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Depois de tocar em vários bares e de participar em diferentes bandas, Bruce Springsteen conseguiu finalmente um contrato com a Columbia Records, a mesma editora com que Bob Dylan tinha trabalhado. Greeting from Asbury Park, NJ saiu em 1973 e foi o álbum de estreia do artista.
Depois de um sucesso inicial mediano, foi a vez do jovem conquistar o grande público com Born to Run. Lançado em 1975, o disco retratava a situação dos veteranos de guerra do Vietname, sendo responsável pela ascensão de Bruce Springsteen, dando início a uma fase de grande sucesso comercial e artístico.
Com a edição de discos históricos como Darkness on the Edge of Town (1978), The River (1980), Nebraska (1982), Born in the USA (1984), Tunnel of Love (1987), Human Touch (1992), Lucky Town (1992) e The Ghost of Tom Joad (1995), The Boss (acompanhado pela sua sua banda E Street Band) cimentou um lugar de topo na hierarquia da música, ascendendo a uma posição da qual ainda hoje não saiu.
Bruce Springsteen: “anos perdidos” e nova ascensão
Entre gravações e sempre enérgicas performances ao vivo, Bruce Springsteen pautava pelo entusiasmo com que se apresentava e pela posição de ativista que era cada vez mais evidente. Apesar da conquista do Óscar com a música do filme Philadelphia, os anos 90 foram mais discretos.
A expressão musical do seu lado mais intimista não teve tão boa aceitação pelo público como a crítica social feroz que emanavam dos registos clássicos. Bruce Springsteen considera até que estes foram os “anos perdidos” da sua carreira, mas a verdade é que nunca deixou de criar música com selo de qualidade acima da média.
O regresso à ribalta deu-se em 1999, altura em que iniciou uma tournée a propósito da indicação para o Rock and Roll Hall of Fame. Seguiram-se mais quatro discos: The Rising (2002), Devil and Dust (2005), We Shall Overcome: The Seeger Sessions (2006) e Magic (2007).
Em 2012, Bruce Springsteen apoiou publicamente Barack Obama. Esta foi a segunda vez que o artista participou numa campanha a favor do presidente norte-americano, uma vez que, em 2008, já tinha marcado presença num comício, onde cantou o single Working on a Dream.
High Hopes (2014) é o seu trabalho mais recente e dá continuidade a uma longa carreira de sucesso que transformou um jovem de New Jersey num dos maiores símbolos da cultura norte-americana.
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