Nem tudo o que vem dos States é ouro. Seja hip-hop, rock, metal, jazz ou corridinho made in Newark, o que é facto é que somos de um país em que “tudo o que é estrangeiro é relativamente melhor do é feito em Cucujães”.
Mas há coisas pífias lá de fora ‘nha gente. Decerto estarão familiarizados com uma cena chamada K-Pop. Vem da Coreia, daquela Coreia cool, da Subaru, Samsung, e-sports e coiso.
Agarrem nos headphones e orem ao Pai: parece que se vai ouvir um bocadinho de K-Pop pelo Mundo de Músicas…
Diz a wikipedia (comprem as t-shirts deles pá, são giras) que talvez a coisa tenha tido berço por volta dos anos 90 (não sei quanto a vós, para mim a minha década favorita do séc. XX; uma Guerra, o ano de nascimento de Eusébio e os esquissos da K-Pop, não está nada má para uma dez aninhos de sangue e glória).
Eu já ouvia j-pop antes da k. Isto vai de abecedários: ‘ajuntem-se’ bandas de garagem do Laos, a era L-Pop está para chegar…
A diferença – e eu não sou especialista de j-pop, bem longe disso, apesar de ter sido desafiado para criar uma boy band de inspiração nipónica que receberia o belo nome de… Nippon Twist– maior, sentida desde a primeira e porca batida sonora da Coreia austral, é que a da Coreia do Sul é, como dizer, a puxar para o pindérica. Se não ouçamos:
E quando pensais que a coisa poderia não piorar muito, ei-los a conquistar um dos programas mais vistos da Brexitornobrexitland:
Mas há mais. E pior:
Isto é tudo francamente mau. Popstars de 12 anos demasiado sexualizadas, bicharada a murro espalhada pelos vídeos, truques de câmera, tudo muito giro, tudo super colorido, tudo a dizer obrigados a este bandalho aqui ó:
A K-Pop teve um Antes deste artolas.
E um depois de Psy, cujo nome verdadeiro (ou insulto de quatro letras) prefiro não pronunciar. Para mim, a K-Pop não tem nada a ver com o que sopra a wikipédia. Sem Psy, no BTS. Sem Psy jamais teríamos poesia deste calibre…
“For you, I could pretend
like I was happy when I was sad
For you, I could pretend
like I was strong when I was hurt
I wish love was perfect as love itself
I wish all my weaknesses could be hidden
I grew a flower that can’t be bloomed
in a dream that can’t come true”
(tradução de uma música qualquer dos BTS)
Mas isto tende a piorar colegas. Ora escutai todos:
(vai ao vivo e tudo porque isto mostra muito de um país que está 50 anos à nossa frente em quase tudo; botem lá o Paulo Gonzo ou o Conan Osíris a ver se eles vos ligam alguma coisa ?)
Mamamoo (cuidado a ler pá!) é mau lá em cima mas talvez não soe tão ridículo com esta vestimenta. Atentai:
(são das poucas de K-Pop que viajam por jazz, retro, pop, r&b e outros quejandos)
Agora que já sorveram um pouco do que razoabilíssimo se faz pela Coreia meridional, atentemos num tal de Japão.
Aqui, meus gaijin, “deixem-me trabalhar” ó se faz favor.
Começo por servir Estes lordes:
Tempero com este wasabi sónico:
Sakezinho a gosto:
(j-metal?! Hem?!)
Mais um sensei, se faz favor
(estou só a botar aqui músicas de anime? E então, é J, é pop, segue bola moço!)
E no fundo é isto malta do MDM.
K-Pop? Fraco.
J-Pop? J-Metal? J-Menco? Menos mau.
Sai um H-Pop para a despedida?…