Todos sabem que Mick Jagger é o vocalista dos The Rolling Stones. No entanto, será que sabia que antes de dar o seu enorme contributo à história da música, o mais famoso frontman da história do rock estudou na Escola de Economia de Londres? É verdade. A ideia era que o jovem Michael seguisse o mesmo percurso profissional trilhado pelo pai e pelo avô, ambos professores. No entanto, Mick Jagger não se resignou ao futuro mediano que lhe era imposto e decidiu em 1963 enveredar definitivamente pelo mundo da música.
Pouco tempo depois quebrou barreiras, desafiou convenções e começou a criar o arquétipo de ‘estrela de rock’ como conhecemos ainda hoje. Mas como é que um miúdo da classe média inglesa concebeu uma nova linguagem que se tornou universal?
Nascido em 1943, Mick Jagger tem vindo a confirmar que o seu amor pela música esteve sempre lá, mesmo quando era pequeno. “Eu era uma dessas crianças que adorava cantar”, revelou o cantor inglês no livro According to the Rolling Stones.
Como é óbvio, o grupo histórico constitui um capítulo importante na vida de Mick Jagger: são mais de 50 anos a liderar a banda de rock mais bem sucedida de sempre! Em termos de longevidade, os The Rolling Stones batem toda a concorrência. Mas em termos de qualidade também são também muitos que consideram Mick Jagger e seus pares como inultrapassáveis.
Desde o famoso reencontro do adolescente Mick Jagger com o ex-colega de escola Keith Richards até ao lançamento de 29 álbuns de estúdio e 13 álbuns ao vivo, além de um sem-número de concertos por todo o Mundo, os The Rolling Stones sobreviveram a todos os percalços e modas.
Curiosamente, a principal força motora de um dos maiores tesouros culturais de Inglaterra foi, desde o início dos anos 70, Mick Jagger que com a sua visão estratégica, artística e até empresarial, levou a banda de década em década, século a século, mantendo-se a fazer música incrível.
Charlie Watts, o baterista dos Stones, explica melhor do que ninguém porquê: “O Mick não se importa com o que aconteceu ontem. Só se importa com o amanhã”. Acima de qualquer outra adjectivação, Mick Jagger é inimitável. Mais do que qualquer outro, o cantor inglês criou o conceito de ‘estrela rock’ em oposição ao mero cantor de uma banda, destacando-se dos seus parceiros musicais. Que outro artista conseguiria persuadir 250 mil pessoas no Hyde Park a ficarem em silêncio para ler o poema Adonais de Shelley?
Além da grande voz e do estilo inconfundível enquanto performer, Mick Jagger coleccionou polémicas públicas e outras menos conhecidas (foi casado 2 vezes e é pai de 7 filhos de 4 mulheres diferentes), tentou uma carreira a solo e buscou uma alternativa criativa no cinema, chateou-se inúmeras vezes com Keith Richards e fez as pazes outras tantas, mas nunca parou, nem estagnou, enquanto persona artística, demonstrando uma jovialidade física e emocional que faz inveja a qualquer mortal.
Para muitos, Mick Jagger personifica ainda a década de 60, incluindo todo o fascínio e fantasia que isso implica, mas na verdade ele manteve-se sempre como um homem do seu tempo, sem perder a noção da qual era o seu papel na cultura universal. E manteve-se na liderança da banda mais lucrativa da história da música até hoje.