Segundo: Maria Rita num disco segundo ela própria

Lançado no ano de 2005, Segundo foi – passando a redundância – o segundo álbum da brasileira Maria Rita. O disco tem produção da própria cantora em parceria com o músico Lenine, os arranjos são seus com Tiago Costa e o trabalho também conta com a participação dos músicos Sylvinho Mazzucca e Cuca Teixeira.

O disco dispõe de 12 faixas, das quais destacam-se Sobre Todas as Coisas, de Chico Buarque e Edu Lobo; Casa Pré-Fabricada e Despedida, ambas de Marcelo Camelo, vocalista da banda carioca Los Hermanos – que já compôs para o álbum homônimo de Maria Rita, o primeiro de sua carreira – uma nova versão de Minha Alma (A Paz que eu Não Quero), de Marcelo Yuka, ex-músico de O Rappa e uma música, Mal Intento, composta pôr Jorge Drexler, o cantor uruguaio que venceu o Óscar 2005 de música-tema com o filme Diários de Motocicleta, de Walter Salles.

Com este novo trabalho, Maria Rita tenta provar mais uma vez seu grande talento como intérprete. E o esforço é dobrado. Também quer (e precisa) afastar de vez a imagem da mãe, Elis Regina, da sua. Não que isto seja um fator importante para sua carreira ou que as comparações com a mãe sejam algo ruim, porém, muitas vezes seu trabalho é diminuído, não ganha a devida importância por expectativas criadas em torno da figura, da lembrança de Elis que Rita desperta no público.

Mas o fato é que, mesmo herdando o talento da mãe, Maria Rita dispõe de um repertório próprio, de um talento natural que vem amadurecendo aos poucos e que demonstra toda sua sensibilidade para a música.

Maria Rita: as influências de Segundo

Além do que, seu pai, César Camargo Mariano, é considerado um dos maiores músicos do país. Portanto, a influência musical da cantora não está presa somente à figura materna. É importante ressaltar que o público mais jovem de Maria Rita, que é bastante representativo, pouco ou nada conhece sobre a obra de seus pais, tendo respeito e apreço apenas pelo trabalho dela, livre de qualquer relação e comparação com Elis ou César.

Para a audiência mais antiga e conservadora, uma boa dica é tentar observar as diferenças de repertório entre Elis e Rita e tentar, paulatinamente, separar uma da outra. É como se Elis, dona de uma técnica espantosa, parceira de Tom Jobim e Vinícius de Morais fosse “substituída” por uma cantora que mescla gêneros diferenciados, que como já dito, varia entre Chico Buarque e O Rappa, e essa é Maria Rita.

Segundo é Maria Rita segundo Maria Rita.

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