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Smoke ’em if You Got ’em: o regresso dos Guns N’ Roses!

Smoke ’em if You Got ’em: o regresso dos Guns N’ Roses!

by Gonçalo Sousa

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Após insistentes rumores durante semanas, e até um trailer misterioso antes da estreia do filme “Star Wars: The Force Awakens”, os Guns N’ Roses confirmaram o regresso aos palcos com Axl Rose, Slash e Duff Mckagan, três dos membros do núcleo original.

É o regresso musical do ano 2016 em vários aspectos: na excitação que provocou em milhões de fãs de todo o Mundo, nas expectativas artísticas depositadas neste retorno de uma das bandas mais carismáticas do rock, mas sobretudo na conta bancária de Axl Rose, Slash e Duff Mckagan, até agora os únicos que confirmaram o retorno ao grupo norte-americano responsável pelo icónico disco “” de 1987.

E recordamos que já começou a venda dos ingressos para o show de Axl Rose, Slash e Duff McKagan em Portugal.

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O cachet milionário decerto contribuiu e muito para esta reunião que, de certo modo, não era esperada pela indústria musical. Apesar de existirem várias incógnitas, como, por exemplo, se outros 2 membros originais, o ex-baterista Steven Adler e o ex-guitarrista Izzy Stradlin, também integram estes concertos, ou até se depois disto se pode esperar um novo álbum, o que se sabe já é mais do que suficiente para estimular uma reflexão sobre este regresso dos Guns N’ Roses.

Entretanto, já foi confirmado que a Not In This Lifetime Latin America Tour dos Guns N’ Roses passa no Brasil ainda em 2016. Quando a Mercury Concerts confirmou que a mais importante e aguardada digressão musical do ano passa mesmo pelo Brasil a imprensa e as redes sociais no país exultaram de alegria e excitação. Desde a mítica passagem do grupo norte-americano no Rock In Rio de 1991, num dos melhores concertos de sempre dos Guns N’ Roses, que o povo brasileiro nunca mais esqueceu a intensidade dos shows de uma das mais importantes e influentes bandas da história da música.

É certo que com tanta curiosidade e agitação em torno da compra de ingressos para os shows dos Guns N’ Roses muitas pessoas vão tentar ver os shows de qualquer forma possível. Sim, os ingressos vão esgotar em minutos. Por isso, por favor leia este post Guns N’ Roses no Brasil: o renascer de uma velha paixão até ao final para estar preparado na abertura da venda dos bilhetes.

E para celebrar o regresso dos Guns N’ Roses criamos estas T-Shirts inspiradas em algumas músicas. Se gostas, partilha!

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“Appetite For Destruction”: um marco histórico no rock mundial

Entre o final dos anos 80 e o início da década de 90, os Guns N’ Roses eram uma das maiores bandas do Mundo, senão mesmo a maior. Contudo, em 1993 a banda terminou abruptamente o seu percurso, separando de forma inesperada (ou talvez nem tanto) um grupo cuja principal força sempre foi a soma das partes. Com os membros fundadores desavindos, Axl Rose foi para um canto escuro, enquanto Slash e Duff Mckagan continuaram os seus percursos artísticos com pontos altos e baixos. Todavia é justo dizer que o grupo californiano acabou mal. Nem sequer ficaram amigos!

Abuso de drogas, homofobia, violência, hedonismo, sexismo, misogenia, caos, perigo. Estas são algumas palavras associadas à música e carreira dos . É curioso mas no princípio da carreira a banda em parte pertencia ao movimento hair-metal (protagonizado por bandas como os Skid Row, Mötley Crüe ou Poison). Contudo, também foi responsável por destruir esse mesmo movimento ao apresentar uma versão mais crua, real, verdadeira do género vulgarmente conhecido como hard-rock. No espaço de meses, o grupo destronou rapidamente qualquer outra banda do género.

Não foi uma acção premeditada, nem sequer pensada, mas sim natural e de acordo com a vivência dos elementos do grupo: na época os Guns N’ Roses viviam de facto o espírito retratado no excelente primeiro álbum “”, que era agressivo, brutal, raivoso. É um disco clássico!

E por serem realmente assim criaram música excitante, perigosa, tumultuosa e crua. Foi mais do que suficiente para subir ao pedestal do rock mundial, numa mistura inaudita de punk, metal e rock. Pode ser surpreendente para muita gente, mas este ainda é o disco de estreia de um grupo que mais vendeu na história da música: 30 milhões de cópias, sendo 18 milhões apenas nos EUA. Os Guns N’ Roses faziam o que queriam, como queriam e onde queriam. Para eles o slogan “Smoke ’em if You Got ’em”, tantas vezes cantado por Axl Rose, era verdadeiro e faziam questão de o seguir!

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Após o final em 1993 e durante muitos anos, os ex-membros da banda trocaram acusações e estiveram de costas voltadas, destacando-se nesse período o híper longo período de hibernação de uma das vozes mais carismáticas do rock mundial. Axl Rose tornou-se persona non grata junto da crítica, público e, sobretudo, na comunidade musical.

Sobretudo depois da edição da auto-biografia de Slash, ainda hoje considerado um dos melhores guitarristas do Mundo, cujos detalhes esclarecedores sobre o grau de paranóia que atingiu Axl Rose em determinada altura tornaram muito claro para toda a gente sobre quem era o principal responsável pelo final da banda original.

Polémicas à parte, os criaram uma enorme legião de fãs em todo o Mundo, que sentiram o fim do grupo como o encerramento de uma era. E foi de facto coincidente com o final de um ciclo na história da música: em 1993 já o grunge se impunha face ao rock glamoroso com reminiscências dos anos 80.

Perante este regresso na imprensa especializada perguntam se eles ainda têm algum interesse cultural nos dias de hoje, enquanto outros críticos musicais apontam imediatamente inúmeras razões para se esperar a desgraça em vez do sucesso. Durante muitos anos, a apreciação sobre o legado musical dos Guns N’ Roses foi fortemente influenciada pela figura megalómana de Axl Rose, cuja personalidade peculiar acabou por minar a vida e imagem pública de um grupo que era amado e odiado por milhões de pessoas em todo o Mundo em simultâneo.

Rolling Stones e Guns N' Roses: Axl Rose, Charlie Watts, Keith Richards, Mick Jagger, Duff McKagan, Izzy Stradlin e Steven Adler na Steel Wheels Tour em 1989 - Los Angeles (EUA) - Paul Natkin/Image Direct

Rolling Stones e Guns N’ Roses: Axl Rose, Charlie Watts, Keith Richards, Mick Jagger, Duff McKagan, Izzy Stradlin e Steven Adler na Steel Wheels Tour em 1989 – Los Angeles (EUA) – Paul Natkin/Image Direct

Mas no total até hoje venderam mais de 100 milhões de discos! Por isso, discutir se este regresso é ou não relevante parece uma conversa surreal. Claro que é relevante e muito: milhões de pessoas adoram esta banda, sempre adoraram. Afinal, essa é uma vantagem da música, ela permanece inalterada, gravada, registada com todos os seus encantos para sempre. E cada qual gosta do que quer! No fundo, esta sempre foi a mensagem do grupo: façam o que quiserem, como quiserem, onde quiserem. Claro que eles despertaram paixões: perigo e liberdade são sempre receitas culturais de êxito. “Smoke ’em if You Got ’em”!!

Uma das maiores curiosidades em torno deste retorno é naturalmente saber como Axl Rose se vai apresentar, tanto musicalmente, como fisicamente. É óbvio que a apreciação musical é subjectiva e depende do gosto pessoal de cada um, mas não admitir que Axl Rose era uma das maiores vozes do rock é uma tremenda injustiça. Ok, ele tinha um tom bastante peculiar, podia ser meio maluco e ter a mania que era particularmente especial, mas quem conhece a obra dos Guns N’ Roses sabe que criatividade, talento e musicalidade inata nunca faltou a este vocalista, que era e é também autor de letras e música. E cantava muito nos tempos de glória!

   

Contudo, para muitos fãs do grupo e de música em geral, a última percepção que têm (talvez a única) da banda é que era um grupo de rock muito bem sucedido, mas que perdeu completamente a noção dos limites e a orientação artística quando passou a ser dominado pelo vocalista. E isso não deixa de ser verdade, conforme provam as inúmeras guerras e polémicas que foram protagonizadas entre Axl Rose, o guitarrista Slash e o baixista Duff Mckagan durante os últimos 23 anos.

duff-mckagan2 livros emblemáticos para desvendar mistérios dos Guns N’ Roses

A digressão mundial e megalómana que se seguiu à edição de dois discos em simultâneo, & (ambos editados em 1991), acabou por espatifar as relações entre todos os membros do grupo. No total, entre 1991 e 1993, o grupo actuou em 27 países perante 7 milhões de fãs, mas tudo terminou na Argentina, em Buenos Aires, no dia 17 de Julho de 1993.

Desde então, Axl Rose ficou sem a companhia de Slash e Duff Mckagan, desapareceu durante longos anos, tendo o grupo assinado um único álbum, Chinese Democracy, enquanto os restantes músicos seguiram as suas carreiras de forma diversa. Slash gravou discos a solo e teve várias bandas, incluindo o grupo Velvet Revolver com Scott Weiland, enquanto Duff Mckagan assinou álbuns a solo também, além de 3 livros e crónicas na imprensa regulares.

Entre todos os membros do núcleo duro dos Guns N’ Roses pelo menos estes dois fizeram questão de contar detalhadamente as razões do final do grupo original. Duff Mckagan mostrou-se particularmente duro e sem medo das palavras no seu primeiro livro biográfico: “It’s So Easy (And Other Lies)“, onde revela histórias incríveis sobre os anos tumultuosos com os Guns N’ Roses. Mas a edição do livro auto-biográfico de Slash, com título homónimo, trouxe uma nova luz sobre muitos factos, particularmente sobre o talento musical e a história brilhante do grupo que assinou algumas das canções mais icónicas do rock mundial.

slashCom histórias pessoais deliciosas (por exemplo, você sabia que a mãe de Slash namorou com… David Bowie quando o guitarrista era ainda um adolescente?), detalhes musicais incríveis sobre a criação e a gravação de discos clássicos do rock, e ainda confissões polémicas sobre o companheiro de estrada. O livro de Slash sedimentou a imagem de uma personalidade ímpar no mundo da música, cujo talento como guitarrista foi demasiadas vezes ofuscado pelo protagonismo de Axl Rose.

Mas o livro de Slash ajuda também a entender e desmistificar algum do mistério que rodeia a voz de canções clássicas como Sweet Child O’ Mine, Welcome to the Jungle, Civil War, November Rain, entre muitas outras. Vale muito a pena ler este livro de Slash para entender os Guns N’ Roses, mas também todo o cenário musical que dominou a indústria numa era de ouro.

Para já o regresso com 5 concertos já marcados está a dominar atenções, despertando forte curiosidade na indústria musical. Se existe a hipótese da banda actuar em Portugal ou no Brasil? Talvez. Com os Guns N’ Roses nunca se sabe bem o que esperar, por isso, como será que acaba esta história? Será apenas um regresso pontual ou haverá novo disco, digressão mundial?

Se pode, deseja e quer ver a banda ao vivo então entre agora AQUI NESTE LINK para comprar ingressos.

Acompanhe também todas as novidades sobre o grupo no website oficial ou também no excelente blog brasileiro dedicado à banda, denominado Guns N’ Roses Brasil.

 Se você é fã dos Guns N’ Roses confira também a nossa coleção de camisetas de homenagem à banda norte-americana e os outros posts dedicados a eles no nosso blog:

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