Álbuns de Chris Cornell entre os mais vendidos após a sua morte
Em maio, fomos obrigados a dar uma notícia triste que não queríamos dar: o falecimento de Chris Cornell, um dos fundadores do movimento grunge e nome que se tornou icónico no Mundo da Música por dar voz a projetos musicais como os Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave, além de uma carreira a solo bem sucedida.
No entanto, como se tem verificado nas últimas décadas, a morte de uma estrela é capaz de se repercutir de forma incrível por todo o mundo, gerando um efeito que por vezes até nos passa ao lado. Hoje, é sobre esse mesmo fenómeno que vamos falar.
Parece que se está a tornar regra: sempre que morre um músico muito acarinhado pelo público, as vendas e streams das suas músicas e álbuns mais populares disparam e catapultam rapidamente para os tops das tabelas.
As razões para o aumento de tais vendas variam, claro: os fãs mais devotos dos trabalhos de tais músicos querem ouvir as suas músicas favoritas uma vez mais numa tentativa de encontrar algum tipo de consolo nas palavras e voz de quem partiu; por outro lado, os fãs casuais ou aqueles que poderão nem sequer conhecer o trabalho do artista atrevem-se a fazer o investimento (seja através de tempo ou dinheiro) para entender o porquê de tamanha comoção.
Foi isto que aconteceu com Chris Cornell. O efeito que a morte do artista gerou nas redes sociais e nos media é de facto notável. Durante alguns dias após o falecimento do artista vimos notícias serem partilhadas no nosso feed, tributos em forma de texto ou de partilha de música e assistimos ainda à reviravolta infeliz quando surgiram notícias que davam conta de que o artista não tinha morrido por causas naturais, mas sim cometido suicídio.
No entanto, em termos de vendas da sua música, que diferenças se notaram? É isso mesmo que procuramos entender nos próximos parágrafos.
Álbuns de Chris Cornell entre os mais vendidos após a sua morte
Streaming
O número de streams da música de Chris Cornell subiu significativamente após a sua morte. Aliás, o número de streams continua a crescer de dia para dia!
Segundo a Nielsen Music (devidamente citada pela Billboard), as vendas e o número de streams da discografia de Chris Cornell cresceram cerca de 550% na semana após a sua morte. Pela altura em que este artigo era escrito, o crescimento já estava confirmado para 2093%.
O streaming está de facto a dominar o mercado e é nestas situações que assistimos ao verdadeiro impacto desta forma de se consumir música. Em plataformas de streaming como o Spotify, a Apple Music e a Pandora, a totalidade das músicas que Cornell gravou coletivamente ou a solo foram transmitidas cerca de 32,5 milhões de vezes. De notar aqui que As escutas das canções dos Soundgarden subiram 980%, seguidos pelas dos Audioslave, que subiram 727%.
Um número gigantesco e que se torna mais significante ainda se pusermos a seu lado os números registados na semana anterior à notícia do falecimento. Nessa semana, as faixas eram reproduzidas cerca de 5 milhões de vezes: um número que, mesmo sendo bastante bom para um artista que não estava a promover novos trabalhos, mostra o crescimento que se deu após a sua morte.
Álbuns físicos
O físico não ficou indiferente a este fenómeno. Na mesma semana foram vendidos 38 mil álbuns de Chris Cornell (novamente, entre os quais os seus trabalhos coletivos), número esse que se traduz num ganho de cerca de 1700% nas vendas. Na semana anterior à sua morte, o número de vendas físicas estava estimado para 2 mil álbuns.
Música digital
No que diz respeito a compras de música em suporte digital, notou-se também um crescimento: só na semana que terminou a 18 de maio (a semana da morte de Cornell), a música do artista vendeu 144 mil cópias digitais, um aumento absurdo de 2222% face à semana anterior, quando foram compradas apenas 6 mil cópias.
Não é por isso surpreendente que no início de junho, ao atualizar o top 200 de álbuns mais vendidos, a Billboard tenha integrado alguns álbuns que já chegaram às lojas há muitos anos: estamos a falar, por exemplo, do álbum Songbook (82.ª posição) de Chris Cornell, lançado em 2011; dos homónimos (37.ª posição) e Temple of the Dog (80.ª posição) e ainda, claro, os icónicos álbuns dos Soundgarden: Superunknown (28.ª posição) e Badmotorfinger (64.ª posição).
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