A música está presente na cultura humana há milhares de anos, e desde que a história se lembra pode ser associada a momentos icónicos. Todos nós, acabamos inconscientemente por associar músicas a eventos e pessoas marcantes na nossa vida.
A música romântica e as famosas “baladas de amor” têm a particularidade de unir as pessoas. Não é por acaso que algumas dessas músicas lançadas na era moderna estão associadas a “baby booms” (períodos conhecidos pelo acentuado aumento da taxa de natalidade).
Mesmo que não seja o seu caso, certamente que já terá ouvido algum casal referir a sua música especial ou a canção que marcou a relação dos seus pais, seja por ter sido a música com que se conheceram ou porque era o “hit” de sucesso dos clubes de dança nesse ano.
Mesmo em tempos modernos e epidémicos onde é cada vez mais comum estabelecer-se relações sem contato físico, a música continua a desempenhar um papel fundamental na forma como as pessoas se conhecem, com até algumas aplicações e sites de encontros online a começar a estabelecer parâmetros e filtros para que os utilizadores possam encontrar correspondências a partir do gosto musical.
E de facto, não há melhor forma de estabelecer uma conexão profunda com alguém do que com uma boa música romântica, por mais que alguns de nós (finjam) que se sentem constrangidos com as letras “lamechas”, não há nada que nos deixe com disposição para o romance como uma boa canção de amor.
E, caso seja tímido e tenha dificuldades em expressar o seu afeto pelo seu parceiro através das suas próprias palavras, então cantar-lhe uma destas músicas românticas, ou citar a letra nas legendas das suas fotos nas redes sociais, pode ser uma boa alternativa.
Aqui estão algumas das mais icónicas canções de amor que marcaram décadas.
Phil Spector foi inspirado a escrever esta canção através de uma fotografia da lápide do seu pai no cemitério Beth David em Nova Iorque. A inscrição traduzida: “Conhecê-lo era amá-lo”, que é também a tradução do título da música.
A canção permaneceu durante três semanas no primeiro lugar do top da Billboard.
“Can’t Help Falling in Love” foi inicialmente escrito para o musical de Presley de 1961, intitulado “Blue Hawaii”. A melodia é baseada em “Plaisir d’amour”, uma popular canção de amor francesa composta em 1784 por Jean-Paul-Égide Martini. A canção foi inicialmente escrita da perspetiva de uma mulher como “Can’t Help Falling in Love with Him”, o que explica a primeira e terceira linha que termina em “in” e “sin” em vez de palavras que rimam com “you”.
Durante as quatro décadas seguintes, seria gravada por numerosos outros artistas. No entanto, o original de Elvis Presley será sempre a versão mais amada.
Quando se pensa em Bee Gees, pensa-se provavelmente em música “dance” e de discoteca. Mas “How Deep is Your Love” é uma prova da capacidade dos Bee Gees de entrar no coração e na parte bonita e íntima de uma relação entre duas pessoas.
Barry, Robin e Maurice Gibb escreveram “How Deep Is Your Love” para a banda sonora do filme “Saturday Night Fever”. Destinavam que a canção fosse cantada por Yvonne Elliman, mas o seu empresário Robert Stigwood insistiu que fossem eles próprios a gravá-la.
Freddie Mercury escreveu a canção enquanto estava deitado no seu banho no hotel Hilton da cidade de Munique. Saltou da banheira e correu para a sua guitarra e piano para compor a melodia. A sua editora estava relutante em lançar a canção nos EUA, mas as estações de rádio do Reino Unido importaram e tocaram a música de qualquer forma, forçando depois a que fosse lançado na América.
Misturando os aspetos românticos e físicos do amor, este single sensual dos “Boyz II Men” dos anos 90 pertence a todas as “playlists” de amor.
Com um título como este, já seria de prever que esta canção fosse um pouco mais explícita, mas “I’ll Make Love To You” não é uma daquelas melodias pouco adequadas que estranhos usam para “cometer loucuras” numa discoteca. Em vez disso, ela fala sobre doce paixão com alguém especial.
Se é um miúdo dos anos 90 e diz nunca ter assistido ao High School Musical, provavelmente está a mentir. Não faz mal, todos nós temos alguns interesses embaraçosos que escolhemos não partilhar.
Por mais piroso que seja o contexto do filme, olha para além disso e concentre-se na letra da música. Abrir o coração a novas possibilidades e começos – é tudo muito romântico, tem de se admitir.
Embora esta canção, como muitas das músicas modernas, seja daquelas canções em que o refrão se repete por várias vezes, os versos de “Love Me Like You Do” são profundamente sentidos.
A música estará sempre associada à saga “Fifty Shades of Grey” e os dois juntos são um marco do romance desta década.
[Fonte da imagem de capa: foto por Valerie Mariya em unsplash.com]