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Tens o Skill. Mas já ouviste Skills And The Bunny Crew?

Tens o Skill. Mas já ouviste Skills And The Bunny Crew?

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Parece que foi ontem que estes quatro nababos que ‘curtem o róque’ se juntaram para umas patifarias musicais ao estilo Rage meets Cypress Hill meets Buckley greets Red Hot. Na verdade, o ontem já conta um decénio, meus caros.

Quem são os Skills And The Bunny Crew e porque é que ainda não encheram Coliseus ou tocaram em festivais de ponta lá fora?

A “cena começou” como que… não é preciso dizer muita coisa porque quase todas as bandas – ou 99% das bandas, playlistadas ou não – começaram da mesma forma: uma “cena” e uma “brincadeira” normalmente estão lá na primeira chapa de grupo, na primeira jola durante-ensaio, no segundo prego… #fazparte

Alfredo Costa dá o seu aka à banda, tal como Bruce Springsteen tocava com a E Street Band, Bob com Wailers ou… “Max Weinberg and The Max Weinberg 7, Max!” do Conan O’Brien que ainda não tinha cenas de viagens na Netflix.

A The Bunny Crew entretanto associada dá pelos nomes de Pedro Mourato (cordas 1, guitarra), José Garcia (cordas 2, baixo) e Paulo Silva (percussão 0-100, batera man e ainda vozes).

Skills And The Bunny Crew, de nome e som completo, é aquilo que vocês acharem que é: seja hip hop de ‘porão’, com o speed não de uns Aerosmith com Run DMC – de todo, por favor… – mas talvez mais próximo da banda dos anos 90 – à vossa escolha, sirvam-se – de rap rock, rock rap, rapck, rop, epá, escolham, porque também há funk, há baladinhas a murro, há hip hop que fala grosso – politicamente engajado, passe o pleonasmo – e se calhar só não há trip fado porque Skills e Tropa (o aka do Paulo Silva) ainda só devem ter falado Nunca sobre isso.

Eu acompanho a banda desde a sua inception, já fui vê-los um pouco por todo o lado e soube deles em vários registos: os manolas até ao Estoril já foram em modo ‘Mafalda Veiga’: desligaram a corrente e roda lá Skills Unplugged. Claro que isto foi no ano dois mil e Bieber, ou dois Mia Rose. Mas… diz bem da escola de estrada que estes indivíduos carregam aos costados.

Ora diz que há novo material, dentro do baú de 10 anos que poderão visitar no channel de youtube da banda – que levou um lift visual, eu por exemplo só reparei há bem pouco tempo que o ‘E comercial’ caiu, não sei se por castigos de Google mas… achei apenas curioso – que inclui, por exemplo, a chanson Dá-Lhe Com Alma, cujo teledisco deixo em infra e recomendo.

Não é Childish Gambino nem precisa: estamos em Portugal, ouve-se Toy, enchem-se Coliseus das Flores ao Luxemburgo para se aplaudir um Tony, temos um Presidente que qualquer dia faz anúncios para a Huawei e uma apresentadora de televisão da Malveira que é mais ‘dona disto tudo’ que o Vieira da Silva.

Quem tiver ouvido bandas do calibre de [INSERIR AQUI BANDA QUE TENHA TIDO UMA MÚSICA DE QUALQUER UMA DAS 124 SÉRIES DE MORANGOS COM AÇÚCAR, SOBRETUDO BANDAS QUE PATROCINAVAM A SONOPLASTIA DURANTE OS MOMENTOS ‘RADICAIS’ DE PURO E SIMPLES PRODUCT PLACEMENT] não achará esta música nada do outro mundo.

Eu próprio não acho, dentro daquilo que eu sei que eles podem dar. E não é por ter jogado Tony Hawk ou Need For Speed: Porsche Unleashed. É porque não é muito comum, na praça sonora nacional, ouvirmos pérolas Deste nível:

LUZ DO POETA

ou raridades Desta categoria

VALSA

e desta

VERMELHO SANGUE

e, porque eu sei que eles sabem que vocês não conhecem, que dizer desta ‘faixa escondida’ que nunca viu nem a ‘Luz do Poeta’, nem a luz do dia?

HYBRIS, A NOVA MENSAGEM

(Português Mais Inglês sem ser a la millenial ou hip hop tuga 90s, um instrumental que pode perfeitamente ser parido e ouvido em Ten ou Blood Sugar Sex Magik mas que resulta em pleno)

   

Para as ladies, porque ultimamente quando há uma “cena” de banda, também convém que… tipo coiso, os Skills And The Bunny Crew também servem:

LUTO

(das melhores letras da música portuguesa, ‘mãos para baixo’!)

A MINHA VIDA NUM POEMA

(nem sei se não foi música de novela… é capaz; é aquela música que vos faz tropeçar aqui, mas, como já disse em supra, vocês gostam daquilo que quiserem pá, ninguém obriga a puto?

E no fundo é isto.

Skills And The Bunny Crew.

Uma “cena” com dez anos.

Novos sons.

Nova ‘parceria’.

Epá e sobretudo, novos palcos caraças.

Para quem definitivamente merece pela novidade sonora, pelo poder vocal, pela consistência e conformidade dos instrumentistas (tinha de arranhar aqui um Rui Miguel Abreu) e porque… epá porque #naoqueremossertoy.

Skills And The Bunny Crew.

Degustem, meus putos.

Agradecimentos: Pedro Mourato (dica dada booooooy!)

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