José James é um nome cada vez mais badalado no género jazz e hip-hop. Para quem não ainda não teve oportunidade de conhecer o artista, José James é um reputado vocalista norte-americano mais conhecido por misturar de forma quase perfeita o estilo de jazz moderno com o hip-hop. Entre as suas principais influências estão artistas como John Coltrane, Marvin Gaye e Billie Holiday: legados musicais que facilmente identificamos no seu trabalho.
No dia 24 de fevereiro, chega às lojas o novo álbum de José James que renasce assim como uma das grandes vozes do R&B contemporâneo. O álbum Love in a Time of Madness, que a crítica está a classificar como “vibrante”, já se encontra em pré-venda e vai incluir o single Always There, que fica imediatamente disponível a quem fizer a reserva do álbum no iTunes.
Mas as novidades não se ficam por aqui! José James também participou como ator no muito aguardado filme As Cinquenta Sombras Mais Negras – marcando assim um ponto alto da sua carreira enquanto ator -, que estreia já a 9 de fevereiro. Esta participação especial inclui ainda a sua colaboração na banda sonora do filme com o tema They Can’t Take That Away From Me.
E mesmo que a voz de James não esteja menos ágil nem a sua intuição menos aventurosa, na verdade este acaba por ser o seu trabalho mais relacionável e sexy até à data, retratando os altos e baixos do amor sem se conter na emoção.
“Quero que as pessoas dancem na pista. Podia fazer álbuns de jazz o resto da minha vida, mas quero chegar às pessoas. Tanto gosto de Jamie xx como de Miles Davis”, disse José James em entrevista à imprensa.
Inicialmente, José James planeou que Love in a Time of Madness fosse um álbum duplo: um seria focado no amor e outro nas turbulências sociais – uma resposta à violência sistémica e, muitas vezes, física de que são alvo os cidadãos norte-americanos não-brancos. Mas à medida que trabalhava no disco “a loucura estava ficar cada vez mais fora de controlo. Os assassinatos continuaram a acontecer, o que se tornou esmagador e deprimente”, lembra o músico.
Em vez de se focar na dor, José James decidiu centrar-se na parte do álbum que poderia providenciar algum alento. O que não quer dizer que tudo sejam rosas, uma vez que neste álbum o romance nem sempre é romântico. José James quis contar toda a história do amor.
Sonicamente, James inspirou-se nas abordagens modernas à composição pop, podendo-se citar a visão holística de Grimes, o engenho criativo de Kanye West, a imagem personalizada de FKA Twigs, o cruzamento de géneros dos The Internet, o espaço sónico de Bryson Tiller, ou ainda as escolhas desafiantes de Ellie Goulding. Deixou para trás as bandas com que trabalhou nos últimos álbuns e decidiu colaborar com compositores e produtores de topo, como Tario (colaborador de Miguel) e Mikeminds (Pharoahe Monch, Anthony Hamilton).
“Está a ressurgir algo que não via desde os anos 1990 ou anos 2000, quando o hip hop, r&b e pop convergiram em formas relativamente entusiasmantes através de nomes como Tribe, Erykah Badu ou D’Angelo”, diz José James. “Existe toda uma nova geração que não tem receio de misturar tudo. O mundo está novamente preparado para este tipo de trabalhos.”
Love in a Time of Madness sucede-se ao disco de tributo a Billie Holiday, de 2015, Yesterday I Had the Blues e ao álbum rock de 2014, While You Were Sleeping. Além destes, o artista conta com 4 outros álbuns de estúdio na sua discografia.