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Double or Nothing: Frankie Chavez não fica indiferente ao que se passa no mundo

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Double or Nothing: Frankie Chavez não fica indiferente ao que se passa no mundo

by Eduardo Aranha

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Os últimos três anos não foram propriamente os melhores da história da Humanidade. Mesmo que haja muitas boas notícias a reportar todos os dias – sobre crescimento económico, avanços da tecnologia e expressão cultural – temos assistido a estranhos movimento na esfera política, muitos dos quais são impulsionados pela onda de terror que o novo milénio trouxe e integrou no nosso dia-a-dia como se fosse a coisa mais banal e comum de sempre.

De 2014 para cá assistimos a episódios turbulentos por toda a Europa, ao crescimento do medo face ao desconhecido e a inúmeros atentados terroristas – em França, Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Turquia e isto para não falarmos de todos os outros países no Médio Oriente que são atormentados quase diariamente por atentados, mas que os media nem sempre reportam.

Foi neste período que o músico português Frankie Chavez se lançou na produção do seu mais recente trabalho Double or Nothing. Com data de lançamento prevista para 19 de maio, o álbum traz o novo single Whatever Happened to Our Love. Três anos depois de Heart & Spine (2014), Frankie Chavez está de volta com um novo álbum, uma prova de fogo onde aposta todo o seu potencial num conjunto de canções influenciadas pelo contexto social dos nossos dias.

“Tive dois anos intensos de estrada e recentemente fui pai de gémeas, portanto, fui forçado a ver a minha vida duma perspetiva diferente e ter que perceber se iria continuar a fazer música ou outra coisa qualquer. Decidi apostar tudo na música. Não me imagino a fazer outra coisa. No fundo, é um jogo de tudo ou nada. Acho que o nome vem dessa ideia de ir ao jogo com tudo aquilo que tenho e arriscar”, afirma o músico.

My Religion, o primeiro single de Double or Nothing, é um espelho do momento social conturbado que se vive atualmente, refletindo sobre os recentes ataques terroristas.

“Escrevi esta canção no dia a seguir aos atentados em Paris e pelo tema da canção lembrei-me imediatamente de convidar o Poli Correia (Sam Alone) para a cantar comigo.” Frankie Chavez convidou ainda o músico Benjamin para produzir My Religion, canção que acabou por ficar gravada numa só noite, no seu estúdio.

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Double or Nothing é, segundo Frankie Chavez, “um álbum de histórias que vão desde a perda ao nascimento, ao andar na estrada, ao tempo que perdemos em coisas fúteis. Fala também de amor e de relações impossíveis. E fala de atentados terroristas e de privação de liberdade.”

“As ideias começaram a surgir logo em 2014, após Heart & Spine, tendo sido gravado ao longo do ano passado. O álbum foi gravado sem grandes preocupações de como o tocaríamos ao vivo. O objetivo era escrever boas canções e tentar que soassem o melhor possível no disco. Depois logo se verá como as iremos apresentar ao vivo.”

Além de Poli Correia e Benjamin, Frankie Chavez contou ainda com outros colaboradores, nomeadamente João Correia e Donovan Bettencourt, que formam a sua banda, e ainda o baterista e produtor Fred Ferreira e o teclista Paulo Borges, que trouxe alguns ambientes mais psicadélicos a estas novas canções.

   

Double or Nothing é também um disco de maior maturidade para Frankie Chavez, enquanto artista e pessoa. “Pessoalmente, e como músico, sinto-me mais maduro e com uma maior certeza do que quero fazer, apesar de ter sempre dúvidas acerca de como chegar às músicas, e de que caminho seguir. Mas acho que isso até é bom. Questionarmo-nos acerca do que queremos fazer para quando tomarmos uma decisão termos a certeza do que não queremos.”

Quem é Frankie Chavez?

A música de Frankie Chavez mistura diferentes tipos de sons, refletindo todas as influências musicais com que se deparou durante as muitas viagens que fez pelo mundo. O resultado é um tipo de Blues/Folk, com atmosferas que variam de forma pouco linear entre sons limpos para ritmos mais ásperos ou psicadélicos dignos do melhor rock n’ rol. Embora seja fácil de reconhecer diferentes influências musicais, como Robert Johnson, Jimi Hendrix, Kelly Joe Phelps, Ry Cooder, é difícil definir a música numa única palavra.

A carreira do artista tem início em 2009, quando Frankie lança o single “The Search”, que se torna nesse ano na canção oficial da Rip Curl Pro Search e integra a banda sonora original do documentário “Pare, Escute, Olhe”, de Jorge Pelicano.

Em março de 2010 Frankie Chavez lança o seu primeiro EP, lançado pela Optimus Discos, uma iniciativa que apoiava projetos emergentes do panorama musical português. A canção “I Do Not Belong” é também parte do álbum de compilação Novos Talentos Fnac 2010, que reúne músicas dos mais promissores talentos portugueses.

Em janeiro de 2011 Frankie Chavez termina então a gravação do seu primeiro álbum intitulado “Family Tree”, produzido, gravado e misturado por Nelson Carvalho nos Valentim de Carvalho Studios (Paço d’Arcos), que tem a participação de vários músicos. Em maio de 2012 o álbum chega mesmo a ser lançado na Alemanha e nos Países Baixos (por Broken Silence) com o primeiro EP de Frankie como bónus.

Em 2014 chega então Heart & Spine, que se encaixa nos géneros blues, folk e rock, com canções que falam da vontade de ultrapassar obstáculos. O álbum é editado três anos depois de Family Tree e aproxima-se mais da música electro do que seu trabalho anterior, consolidando a figura de Frankie Chavez no meio musical nacional.

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